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𝐂𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐃𝐞𝐮𝐬📍
𝟶𝟿:𝟺𝟶
𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍𝒂

Acordei com a claridade infernal que entrava pela cortina mal fechada, iluminando o quarto todo.

Fiquei mexendo no celular por horas, até eu realmente acordar.

Hoje eu estava cheia de preguiça e dor de cabeça, não sei por que. Tratei de levantar da cama e ir para o banheiro fazer minhas higienes. Quando eu termino desço as escadas para tomar o café da manhã para depois subir para me trocar.

𝐀𝐮𝐫𝐨𝐫𝐚: Bom dia filha, como dormiu hoje?

𝐆𝐚𝐛𝐢: Bom dia mãe, durmi bem e você? - Maior mentira, mal dormi hoje, insônia bateu forte dessa vez.

𝐀𝐮𝐫𝐨𝐫𝐚: Que bom filha, eu dormi bem hoje também. Toma esse café logo que seu pai já já chega. - Meu pai é caminhoneiro, então ele fica poucos dias em casa.

𝐆𝐚𝐛𝐢: Vou me trocar, antes que ele chegue aqui e vocês dois briguem como sempre. - Detestava isso, ele nunca estava em casa, mas quando estava, ele fazia questão de jogar um monte de B.O pra cima dela, e a besta sempre quieta ouvindo tudo e fazendo tudo o que ele manda.

Subo para o quarto novamente e me troco nas pressas. Coloco um croped azul lindo, que minha mãe me deu, junto com um shorts preto, até porque aqui no Rio de Janeiro tá um calor do inferno, e pra completar eu calçei meu chinelo da havaianas branca, que não pode faltar.
Desço do quarto e para minha sorte o chato já estava lá, só para atormentar o meu juízo e testar a bondade e o amor da minha mãe.

𝐆𝐚𝐛𝐢: Mãe, tô saindo tá. - Dou um beijo na testa dela e me viro para sair de casa, passo por ele sem falar nada mermo, prefiro ignorar do que ser ignorante e ele começar a gritar comigo. Quando eu ia abrir a porta, eu sinto ele agarrando meu braço. - Me solta agora.

𝐕𝐚𝐠𝐧𝐞𝐫: Primeiramente, você aprende a falar comigo direito que você não ta falando com as putas das suas amiguinhas não, pra eu estourar essa sua boca aí é dois segundos. Segundo, pra onde você está indo desse jeito?

𝐆𝐚𝐛𝐢: Não te interessa para onde eu vou ou deixo de ir, não te devo satisfação de nada que eu faço na minha vida! - Falo já com vontade de chorar e socar a cara daquele filho da puta.

𝐀𝐮𝐫𝐨𝐫𝐚: Amor, solta ela, por favor. - Minha mãe implorava com lágrimas nos olhos. - Ele me solta e eu noto o vermelho que ficou no meu braço, sinto meus olhos marejar, e em seguida sinto uma lagrima escorrendo dos meus olhos.

𝐕𝐚𝐠𝐧𝐞𝐫: Filha da puta, da próxima vez eu te caço até o inferno! - Diz cochichando no meu ouvido. Sai de perto de mim e vai em direção á minha mãe, que abraça dele. - Desculpa amor, eu perdi o controle, você sabe como que essa garota me deixa, ela me estressa muito fácil.

𝐀𝐮𝐫𝐨𝐫𝐚: Já foi, mas nunca mais faça isso. - Ele da um beijo na cabeça dela e assente.
Viro a cara para meter o pé desse inferno que chamo de casa. Vou andando sem rumo pelas ruas até achar alguém que eu conheça para me distrair.

Enquanto eu estava andando pelas ruas, eu vejo o Tigre, pensa em um novinho gostoso, chega fico molhada só de ouvir a voz desse homem, delícia demais.

𝐓𝐢𝐠𝐫𝐞: Eae gabizinha, tá chapada é? toda brisada ai com os olhos vermelhos e babando. - Ele fecha minha boca, que eu nem sabia que estava aberta. - Tá babando aí ó - Ele da risada.

𝐆𝐚𝐛𝐢: Oi tigre, tô suave, só tive uma pequena discussão com o meu pai de novo, mas nada com o que se preocupar.

𝐓𝐢𝐠𝐫𝐞: Ah carai, esse velho já voltou? tu tá ligada q eu não vou com a cara desse velho aí né, maior pau no cu do caralho.

Meu pecado tem nome Onde histórias criam vida. Descubra agora