Achando a saída - parte 2

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Logo depois, eles entraram em outro ambiente com uma atmosfera distinta. Em vez de estátuas, as paredes exibiam pinturas. — Magia sombria... — Val murmurou ao observar a pintura na parede. Isabel observava em silêncio, mas logo desviou os olhos para examinar as pinturas na sala.

— Maneiro...! — exclamou, encantada. — Olha, aquele se parece com você, Cinder. — Apontou para a pintura do unicórnio soltando fogo, e Valentina sorriu de leve. Isabel ficou feliz ao ver o sorriso dela, mas logo voltou à sua postura e prosseguiu pelo caminho. Passaram pela sala e encontraram um pequeno corredor, onde uma ponte atravessava uma ravina tão profunda que o fundo não era visível.

— Maravilha. Uma ponte terrivelmente mal feita e íngreme. O que pode dar errado, não é? — Valentina ironizou, suspirando.

— Ah, qual é. Já enfrentamos Trolls, magia sombria e o circuito do desafio e sobrevivemos, não foi? É só uma ponte. — Isabel riu e eles seguiram em frente. River avançou com cuidado, percorrendo a ponte lentamente. Uma brisa passou por eles, fazendo a estrutura balançar, mas continuaram avançando. No meio da ponte, Isabel olhou para trás e avistou Valentina ainda parada à beira, encarando nervosamente o abismo abaixo. — Viu? Tudo sob controle! — Disse confiante, quando, de repente, a ponte começou a balançar com mais intensidade. — Calma, amigão. Estamos quase lá. — Acariciou-o suavemente com a mão. River atravessou rapidamente e alcançou o final da ponte, indo para o outro lado. Isabel comemorou e gritou que era a vez de Valentina. — Vamos, Val! É só não cair! — Isabel brincou, enquanto Valentina revirava os olhos. Cinder avançou, mas recuou, demonstrando agitação.

— Calma, calma. Está tudo bem. — Num tom doce, acariciando-o, Cinder balançou a cabeça e retornou à ponte, movendo-se vagarosamente. Isabel desmontou de River e apoiou as mãos na cintura.

— Ah, cara... isso vai demorar. — Ela disse, desanimada, e River assentiu.

— O que você disse? — Valentina exclamou, lançando-lhe um olhar hostil.

— Nada! No seu tempo! — Ela respondeu com um sorriso forçado, desfazendo-o assim que Val desviou o olhar. Quando estavam quase chegando ao fim da ponte, ouviram sons altos vindo da antiga sala.

— O que foi isso? — Valentina perguntou, começando a sentir calafrios. Cinder apressou o passo, assustando-a, e Valentina inconscientemente puxou as rédeas sem querer, fazendo-o involuntariamente levantar as patas. — Calma, Cinder! — Gritou, segurando-se firme na sela para não cair.

Cinder deu um pulo e pousou do outro lado da ponte, derrubando Valentina. Isabel se aproximou correndo para ajudar. — Você está bem? — Perguntou, passando o braço ao redor da cintura dela, erguendo-a e chegando mais perto do seu rosto.

— Sim, estou bem. — respondeu, e a loira suspirou aliviada. — Você... hum, já pode me soltar. — Acrescentou, desviando o olhar. Isabel ficou levemente corada, soltando a cintura de Valentina. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e limpou a garganta.

— Vamos ver o que temos aqui. — A loira disse, caminhando e parando diante de uma parede de pedra.

— Cinder pode cuidar disso. Vai lá, garoto. Bola de... — Um rosnado alto veio do outro lado, e as duas se entreolharam confusas, encarando o outro lado da ponte.

— Acho que o nosso amigo tinha outros amigos. — Isabel brincou. Valentina revirou os olhos e bufou.

— Cinder, destrua a ponte! — Cinder incinerou a estrutura, fazendo-a desmoronar. Estão encurralados. A única coisa que os separa dos Trolls é a ravina, mas isso não traz segurança.

Roses and thornsOnde histórias criam vida. Descubra agora