Capítulo 9

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   Véspera de natal e eu estava sentada no sofá assistindo algum programa infantil. Mamãe e Mitsuke estavam terminando de montar a árvore de natal, passatempo favorito de mamãe, mas um verdadeiro inferno para suas filhas.

Era cerca de 16:30 da tarde e o dia foi uma verdadeira correria; tivemos uma última aula com mamãe ás 9:00, organizamos todos os preparativos para amanhã, compramos as passagens para Shibuya, separamos as roupas mais quentes e confortáveis dos nossos guarda-roupas, eu tive que fazer uma seção de yoga com mamãe e Mitsuke para que pudesse relaxar meu corpo e minha mente se eu quisesse ter uma boa luta.

Keisuke passou o dia quase todo com sua mãe e a mãe que Chifuyu, já que ambas as mulheres decidiram fazer um jantar de natal juntas, o que deixou os dois garotos animados. Haku e Miranda, por outro lado, ficaram andando pelas ruas de Tóquio comprado besteiras e se divertindo com minha irmã, após tantas insistências em saírem juntas. Deixamos, mas a pequena deveria estar em casa antes das 15:00.

Era um clima aconchegante de natal e eu estava bastante animada esse ano, pois estaria com minha mãe depois de tanto tempo. Confesso que estou sim triste e melancólica por causa do meu pai, mas sei que ele estaria feliz por eu estar com pessoas que me amam tanto quanto ele me amava.

O tempo passava com rapidez e eu apreciava cada segundo.

O aconchego da minha casa nunca chegará aos pés de deitar no sofá de mamãe e admira-la enquanto ela faz algo bobo ou simples. Eu não seria capaz de descrever o quanto eu a amo, cada detalhe seu.

Seu cabelo ruivo e encaracolado preso em uma garra-de-cabelo branca, seus olhos claros de uma cor que nunca consegui identificar, seu sorriso gentil, suas sardas encantadoras, seu estilo clássico de roupa, seu corpo magro mesmo após três cesárias, suas mãos delicadas e sempre bem hidratadas e sua gentileza sem igual.

As vezes me pergunto como uma mulher dessas era gangster quando mais nova.

Eu admiro muito minha mãe.

Admiro como ela teve de fugir de casa aos prantos quando sua mãe descobriu que ela estava envolvida com gangues, quando ela conheceu meu pai em uma luta e se apaixonou perdidamente. Quando ela engravidou de Ahmya aos 18 anos e teve que fazer uma cesárea em um ferro velho com um ex-médico bêbado, ou quando morou em uma casa abandonada durantes anos até finalmente consegui comprar uma quitinete com o dinheiro dos bicos que ela fazia pela cidade. E, principalmente, quando deixou totalmente a gangue dela quando descobriu que estava grávida de novo, e mesmo tendo um bebê natimorto, se manteve firme na decisão de nunca mais se envolver no mundo do crime.

Tudo o que ela fez pela família é de se emocionar.

E eu espero nunca decepciona-la.

— Querida, poderia terminar de cortar os legumes? Acho que irei demorar um pouco mais aqui. - a voz doce e gentil da minha mãe me tirou dos meus pensamentos.

𝐀𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐎𝐀𝐃𝐎𝐒, tokyo revengersOnde histórias criam vida. Descubra agora