Capitulo 6

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   Amor. O tesão acumulado, os formigamentos pelo corpo, o coração mole e acelerado, o embrulho na barriga, mas nada disso é realmente amor.

Amor é você admirar a pessoa, é pensar nela quando vê pequenas coisas, é a observar, é apoia-la. Amor é querer ficar perto dela a todo instante, querer seu toque e seu conforto. Sentir seu cheiro, ficar ansiosa para receber uma simples ligação, querer contar todos os detalhes do seu dia. É você entender que as vezes ela simplesmente não te ama na mesma intensidade que você, que talvez vocês nunca fiquem juntos, mas que mesmo assim algo ficará guardado dentro do seu coração sempre que se lembrar dela. Isso é amor, não sonhos eróticos e masturbações, e sim dedicação, respeito e compreensão. 

O que eu sinto por ele com certeza é amor, sempre será.

Era tarde, não sabia exatamente o horário, mas era madrugada. Minha moto estava estacionada deliberadamente mais longe da entrada do templo.

O vento gélido do pré-inverno causava arrepios em meu corpo coberto, porém a fumaça quente do cigarro esquentava meu rosto. Estava frio, porém estava vestida adequadamente para esta temperatura. Uma blusa preta de mangas compridas, um cachecol vermelho, uma calça de cintura alta preta um pouco larga e um all star também preto.

Escorada em minha moto, com meus braços cruzados, pude observa-los de longe. Seus sorrisos iluminados e suas risadas escandalosas. Meus olhos enchiam de água, meu coração doía. Eu deveria estar lá, com eles.

Pude ver seu cabelo loiro. Estava maior, mais sedoso. Seu corpo já não era mais de uma criança, comparado a sua falta de altura.

Baixei minha cabeça, rindo com meu pensamento. Meu sorriso murchou assim que minha visão ficou turva e as lágrimas finalmente caíram. Meu corpo tremia e comecei a soluçar, colocando uma de minhas mãos em minha boca para que nenhum som saísse.

Eu queria tanto ir lá e os abraçar, mas como poderia? Como poderia fazer isso depois de tudo aquilo que vi? Tudo aquilo que ainda não sei explicar como nem por quê.

Levantei minha cabeça e vi Draken dar um leve tapa na nuca de Miky, que deu um fino gritinho. Não consegui me segurar e soltei uma risada consideravelmente mais alta, fazendo os garotos ouvirem e olharem para trás, desconfiados.

— Ei, quem ta aí!? - Draken gritou.

Sorri maliciosamente em sua direção.

Dei uma ultima tragada no meu cigarro antes de joga-lo no chão e apaga-lo com meu pé. Limpei minhas lágrimas e subi na Titânia e a liguei, sentindo seu motor vibrar. Coloquei minhas mãos no acelerador, fazendo barulho propositalmente para que me ouçam ainda mais. Virei minha cabeça em suas direções, olhando-os subir em suas motos fixamente, ainda com o mesmo sorriso malicioso.

𝐀𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐎𝐀𝐃𝐎𝐒, tokyo revengersOnde histórias criam vida. Descubra agora