11.

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Retiro uma chave que se escondia debaixo de um dos vasos de plantas que se encontram ao lado da porta principal e abro a mesma. Limpo os ténis ao tapete da entrada e tranco a porta, tentando fazer menos barulho possível.
"Onde andaste?!" Um murmúrio vem do lado da sala e, em susto, desvio rapidamente o meu olhar até lá.
"É assim tão tarde?" Questiono. Realmente não tenho uma noção das horas.
"É quase meia-noite!" A minha prima continua murmurando.
"Isso não é nada" Encolhi os ombros e volto para o meu quarto.
Abro a porta com cuidado para não acordar os meus tios e acendo a luz, encostando a porta de seguida. Não hesito em deixar-me cair sobre os lençóis frescos e mudados recentemente da minha cama. Não consigo fazer com que o sono venha e amaldiçoo-me por não dormir há algumas noites. Sei que isso não é saudável, mas nem comprimidos conseguem remediar esta consequência.
Levanto-me ao sentir um ténue odor vindo da minha parte e dirijo-me à casa de banho partilhada por todos nesta casa. Tiro a minha toalha do cabide atrás da porta, dispo as minhas roupas ligeiramente suadas e atiro para dentro do cesto de roupa suja. Em 5 minutos, tenho o meu corpo terso com um gel de banho aromatizado com essência de lavanda. Em instantes, encontro-me com um pijama de verão envergado. Só quero dormir esta noite.
Volto para a minha cama e respiro a fragrância a lençóis novos. O cheiro do perfume mais comum de Zayn é um género de fresco misturado com limão. Zayn.
Não pensei que ele fosse mesmo fazer uma tatuagem semelhante à minha, mas eu garanti-me a mim mesma que teria de ter aquela flor tribal na parte de trás da minha mão, tal como ele. Pergunto-me se ele a fez pela tatuagem em si ou por mim. Provavelmente tenha sido pela tatuagem. É simples, mas sofisticada. Nada comparada comigo. Sou apenas alguém, talvez irrelevante.
As luzes lá de fora acertam-me exatamente nos olhos e lembro-me que me havia esquecido de baixar as persianas. Estico o braço e puxo a corda, deixando-as deslizar. Perfeito, penso que assim consiga adormecer.
Desvio o meu olhar até ao meu relógio eletrónico antes de fechar os olhos. São quase duas da manhã e eu ainda não ganhei sono. Ignorando esse facto, viro-me para o lado da parede, passando os dedos pelo meu papel de parede escuro e estrelado, rasgando-o aos poucos.
Pergunto-me o que ele estará a fazer neste momento. Pergunto-me também se ele pensa em mim antes de adormecer. Sei que ele não é nada como eu, provavelmente adormece em segundos, não tendo sequer tempo para refletir.
Desconcentro-me de tudo o que ia em mente assim que, por acidente, rasgo um bocado de papel a mais. Tento colá-lo novamente à parede, mas o maldito caía sempre. Acabo desistindo e afasto a minha mão da parede. Passo as mesmas sob os meus olhos, sentindo umas covas profundas que correspondem às minhas olheiras. Odeio-as tanto, fazem-me parecer algum tipo de bruxa.
Sem mais nada para passar o tempo, começo a pontapear o fundo dos meus cobertores, fazendo com que fugissem ao colchão. Em minutos, sinto a minha garganta a forçar-me a bocejar e sabia que finalmente estava na minha hora. As minhas pálpebras também estavam pesadas e os meus olhos ardiam de cansaço. Observei uma última vez os espaços por entre cada tábua das persianas e voltei a enrolar-me em mim própria, designada como a posição de conchinha, e deixo a minha indolência levar-me pela noite fora.

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Peço desculpa pela demora da publicação de mais um capítulo, mas a verdade é queque para além de não ter tido tempo devido à escola, também estou sem ideias para o desenvolvimento.

Peço também desculpa por alguns capítulos não terem multimédia, mas ela vai desaparecendo à medida que atualizo capítulos. Só mais um erro do wattpad. Que raiva.

Agora acerca dos últimos capítulos escritos: acham que estão muito pequenos, preferiam maiores ou estão bons?

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 26, 2015 ⏰

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