Discussão em família.

20 1 0
                                    

Pov narrador.

Os dias se passaram, muitas coisas aconteceram de uma vez. Os Omaticaya tiveram um baixa significava no combate, perderam seu líder, e graças ao empenho e liderança do Neteyam e sua família contra o povo do céu, ele foi consagrado Olo'eyktan do clã Omaticaya. Naquele dia, todos sentiram uma dor inimaginável, a dor de perder um ente tão querido como o Nyuut e também, mas precisaram engolir aquela dor e a guardar durante aquele momento. Ayana estava destruída, mas ainda sim estava ao lado do seu esposo e de sua filha, porque era tudo o que ela tinha naquele momento, mas é importante lembrar que essa história já não pertence a Ayana.

Povo Nepay'te.

O dia que meu pai foi consagrado Olo'eyktan, foi um dia primoroso em nossas vidas, mas eu passei aquele dia inteiro meio incomodada, por muitos motivos, porém o motivo principal era uma voz que soava no meu ouvido me chamando, e cada vez, era mais alto, uma voz suave e bastante familiar, mas que me trazia uma sensação ruim. Aquilo tudo me trazia uma culpa, um peso na consciência. Enquanto a cerimônia acontecia, eu sentia aquela voz aumentar juntamente as terríveis sensação, eu olhei para os lados buscando a voz, e tudo que eu vi foi uma Atokirina, sem pensar duas vezes eu a segui. Minha terminação para alcançar a Atokirina era tanta que nem sequer percebi todos aqueles olhares dos presentes vindo em minha direção no momento. Não importava o quanto eu corresse, a Atokirina parecia sempre mais longe, cada vez mais distante de mim, e de algum jeito estranho, aquela Atokirina tomou uma forma diferente, parecia uma silhueta de na'vi. Pulando de árvore em árvore, de forma árdua e incansável, eu acabei não prestando tanta atenção no caminho, acabei pisando em falso no galho da árvore e caindo de cara no chão.
Após cair, tive uma tentativa falha de me levantar do chão, acabei apagando ali mesmo, mas durante meu estado de inconciencia, eu vivi coisas nítidas demais para serem apenas uma alucinação.

???: Pay'te... -Uma voz doce e suave me chamava.

Nepay'te: -Eu levantei a cabeça tentando ver quem me chamava, mas estava tão longe, mesmo que aquela voz pudesse preencher todo aquele ambiente, a silhueta longínqua me deixava confusa e com um certo medo.

???: O que você tá fazendo consigo mesma? -A voz parecia estar ao meu lado, cada vez mais alta.

Nepay'te: -Eu me levantei devagar, usando todas as forças que eu tinha naquele momento, mas não eram muitas, graças a dor da queda.

Olhei para a silhueta, eu sabia aquele era o Nyuut, mas porque eu não conseguia ver seu rosto? O que tinha de errado comigo?Tentei caminhar até ela, porém a dor tentava me impedir a cada passo. Determinada, eu comecei a dar passos mais velozes, iniciando uma pequeno corrida, mas falhando miseravelmente e caindo novamente no chão de joelhos.

Nepay'te: Qual o seu problema? -Eu passei minhas unhas no chão, apertando a terra que tinha em minhas mãos.

Eu olhei novamente para frente e a silhueta permanecia longe, e escura. Era como se eu tivesse esquecendo quem era ele, era como se minhas lembranças com o meu irmão tivessem sumindo. Junto a isso, me vinha um sentimento de culpa, se eu não tivesse pulado na água, e tentando ir até o navio, ele ainda estaria conosco, sentia como se essa culpa fosse me consumir a qualquer momento.

???: Pay'te! O que você tá fazendo com sua vida? -A voz se tornava ainda mais próxima. Você precisa deixar ir!

Eu abri os olhos olhando para baixo, e consegui ver os pés que estavam a minha frente, eu tentei levantar minha cabeça e ver finalmente o rosto dele, mas antes disso escutei um estalar de dedos em minhas orelhas, e nesse momento eu despertei. Eu estava nas montanhas Hallelujah e não era o dia que meu pai se tornaria Olo'eyktan... Me sentei no chão rapidamente um tanto ofegante, tentando colocar minha cabeça no lugar certo, e acordar de uma vez. Olhei para o lado e vi Te'ella, realmente acordei, ela não tinha mais 12 anos, e nem eu 13.

O chamado da floresta (Season 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora