Logo após a perda de sua mãe, Melody adquiriu poderes de cura e uma grande conexão com a natureza. Com o passar dos dias, ela se tornou uma das mais poderosas curandeiras do clã.
Já Valeria despertou seus poderes da magia negra e sua grande conexão com a Obsidian depois que presenciou seu pai tacando uma pedra afiada no olho de sua irmã, deixando-a quase cega. Ao mesmo tempo, ele a espancava na frente de todos do clã. A garota, ao ver a cena, se irritou e ativou seus poderes, dando um soco fortíssimo nas costas de seu pai, fazendo-o voar para bem longe. Por sorte, ele não se machucou gravemente. Depois desse dia, todas as noites Valeria sonhava com a Obsidian.
No início, Valéria só conseguia ver uma sombra gigantesca de uma mulher à sua frente, com os olhos totalmente roxos, que estava para ver o universo. Mas, com o passar dos sonhos, a mulher foi se modificando, respondendo algumas perguntas de Valéria e, às vezes, ficando em silêncio. Os anos se passaram e, a cada momento de sua vida, Valéria sentia mais raiva de seu pai. O relacionamento dos dois só piorava a cada dia e sempre brigavam como feras. Às vezes Valéria vencia, às vezes seu pai vencia, mas um terrível silêncio tomava conta de tudo.
Mas, em uma noite calma e serena, Valéria dormia tranquilamente em sua tenda até sonhar novamente com aquele espaço vazio e branco. No centro, estava a Obsidian, mas desta vez a mulher tinha cabelos brancos e pretos que pareciam sombras. Sua pele era de um roxo claro, e a mulher também usava um vestido todo preto com algumas esferas brancas flutuando. Seus olhos eram totalmente pretos, nos quais se podia ver a profundidade da escuridão do abismo. Além disso, a mulher possuía 3 metros e 25 de altura.
– Por favor, pare de entrar na minha mente e invadir os meus sonhos– disse Valéria, olhando com desprezo para a mulher à sua frente.
– Me perdoe, pequena criança, mas estarei aqui até que você faça sua escolha– disse Obsidian, percebendo que a garota estava insatisfeita.
– Por que você não me diz logo o que é essa banana que eu vou ter que escolher? – disse Valéria com um tom arrogante.
– O destino vai te mostrar o que você deve escolher – disse Obsidian, tentando acalmar a garota.
– Mas não é isso que eu queria saber. Eu queria saber qual foi a causa da minha mãe não ter morrido instantaneamente naquele dia. Eu só queria saber como mudar o coração e a mente terrível do meu pai, mas toda vez que eu tento, eu fracasso – disse Valéria, botando suas duas mãos sobre o seu rosto e chorando amargamente por saber que essas únicas perguntas ninguém conseguiu responder.
Obsidian, ao ouvir essas palavras, começou a se aproximar de Valéria com um semblante de tristeza sobre o seu rosto ao ver o choro da garota. Obsidian começou a ficar cada vez mais pequena a cada passo que dava em direção à garota e logo já estava com o mesmo tamanho que Valéria. Rapidamente, Obsidian envolveu a pobre garota em um abraço amoroso, ao qual a mesma correspondeu o afeto e continuou chorando.
– Não chore, minha pequena criança. A resposta que tanto procura sobre sua mãe está debaixo da cama de seu pai– disse Obsidian, vendo que Valéria ainda chorava sem parar.
– Não se preocupe, minha pobre criança. Sua irmã vai conseguir modificar o coração de seu pai e, quando esse dia chegar, ele vai se arrepender amargamente de tudo que já fez – disse Obsidian, vendo que agora Valeria já estava se acalmando. Obsidian desfez o abraço em Valéria, que, entendendo as palavras da mulher à sua frente, começou a limpar suas lágrimas.
– Muito obrigada, Obsidian. E por favor, me perdoe por tentar te expulsar dos meus sonhos – disse Valeria, ressentida.
– Eu aceito o seu perdão, minha filha – disse Obsidian, alisando delicadamente as bochechas de Valéria, fazendo a garota chorar de felicidade, até que uma voz familiar interrompeu as duas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Enigma Dos Reinos
FantasyUm conflito sangrento entre dois grandes reinos quase inacabável Um precisa e um príncipe se apaixonam isso se torna um amor impossível dois finais com uma única escolha com os segredos inacabáveis e profecias intermináveis.