𝗽𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝗼

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— 𝗡𝗼 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗳𝗲𝗰𝗵𝗼 𝗺𝗲𝘂𝘀 𝗼𝗹𝗵𝗼𝘀, as lembranças surgem e me vejo de volta ao início.

Algumas folhas voam para dentro quando ela entra na livraria. Está vestindo uma jaqueta jeans, com as mangas arregaçadas, e um suéter branco por baixo. Já é a terceira vez que ela vem desde que comecei a trabalhar aqui, duas semanas atrás. O nome dela é Giovanna Lima, a garota da minha turma de inglês. Passei meu expediente olhando pela vitrine, me perguntando se ela viria de novo. Por alguma razão, ainda não nos falamos. Ela só fica dando voltas pela loja enquanto registro as compras dos clientes e reponho o estoque das prateleiras. Não dá para saber se está procurando alguma coisa. Ou se gosta daquela sensação de estar dentro de uma livraria. Ou se veio me ver.

Enquanto tiro um livro da prateleira e me pergunto se ela sabe meu nome, vejo o brilho dos olhos castanhos que olham para mim do outro lado, através do espaço vazio. Ficamos em silêncio por tempo demais. Então ela sorri, e acho que está prestes a dizer alguma coisa — mas enfio o livro entre nós antes que ela tenha a chance. Pego a caixa ao meu lado e corro para a sala dos fundos.

Qual é o meu problema? Por que não sorri de volta?

Depois de me repreender por ter estragado o momento, reúno um pouco de coragem para sair e me apresentar. Mas, quando volto da sala, ela já foi embora.

No balcão da frente, encontro algo que não estava ali antes. Uma flor de cerejeira, feita de papel. Eu a giro em minhas mãos, admirando as dobras.

Será que Giovanna deixou isso aqui?

Se eu sair correndo da loja, talvez ainda consiga alcançá-lá. Mas, assim que disparo porta afora, a rua desaparece, e me vejo entrando num café barulhento na esquina de San Lourenço, quase duas semanas depois.

 Mas, assim que disparo porta afora, a rua desaparece, e me vejo entrando num café barulhento na esquina de San Lourenço, quase duas semanas depois

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— Oiii amores! 🥰 não sei alguém vai ler, mas não sejam leitores fantasmas! e comentem muito ok. Lembrando que é uma adaptação do livro: você ligou para sam, de dustin thao os créditos são todos dele.

remember the stars, 𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora