Capítulo 04

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Perséfone Thorn

À medida que os momentos de vigília cedem ao sono, uma sensação de calma se instala. No entanto, o sono é interrompido por um sonho peculiar. Vejo-me em um cenário desconhecido, com sombras dançando ao meu redor. No meio da escuridão, encontro Maxwell sentado no chão, segurando minha mão com uma expressão séria.

Desperto abruptamente, o sonho se dissolvendo à medida que a consciência retorna. Percebo que minha mão está sendo segurada por Maxwell, como se o sonho tivesse transcrito para a realidade. Seu olhar penetrante encontra o meu, e por um breve instante, sinto-me envolvida por seus olhos.

— Você está bem? — Ele pergunta, soltando suavemente minha mão.

— Sim, apenas um pesadelo. — Falo tentando acalmar meu coração.

— Vamos nos sentar, vamos aterrissar. 

 Nossos olhares se encontram mais uma vez enquanto nos levantamos. O desconforto da noite ainda ecoa em nossos gestos.

— Posso escovar os dentes? — Pergunto timidamente.

— Claro, o banheiro fica ali. — Ele responde apontando o banheiro.

Pego minha bolsa de mão e vou ao banheiro fazer minha higiene pessoal. 

A aeronave aterra suavemente, e quando as portas se abrem, sou recebida por uma paisagem vasta e serena de um campo verdejante. O sol da manhã pinta o céu com tons dourados, iluminando a paisagem que se estende até onde os olhos podem ver. Uma brisa suave carrega consigo os aromas frescos do campo.

— Bem-vinda ao seu novo lar, Perséfone. — Maxwell murmura ao meu lado, seu olhar agora menos enigmático e mais acolhedor.

Deixo a aeronave, absorvendo a tranquilidade do ambiente ao meu redor.

avisto uma mansão imponente. Sua arquitetura é uma mistura de elegância clássica e moderna, criando um cenário impressionante.

— Aqui está a sua nova residência. Espero que se sinta à vontade. — Maxwell sorri, guiando-me na direção da mansão.

O caminho até lá revela jardins cuidadosamente arranjados, com flores em plena floração e muitos seguranças em volta. O som suave da natureza ecoa no ar, proporcionando um contraste sereno com a imponência da mansão à frente.

 — Onde estamos?

 — Grécia. — Sorri relaxado.

 — Tão longe. — Esfrego o pescoço em frustração.

 — Você irá gostar, não se preocupe. não se compara a Albânia, mas é tão linda quanto. 

— Caminhamos e não consigo falar a quão bonita é sua casa.

 — Senhor? — Uma senhora espera próximo a porta de entrada de cabeça baixa.

 — Mostre a casa para Perséfone. — Seu tom de voz agora está seco e autoritário sem margem de tranquilidade como agora a pouco.

Franzo a testa em confusão no seu tom amargo sem motivos aparentes.

 — Sim, senhor. — Ela responde ainda de cabeça baixa.

Maxwell me olha em fração de segundos sua expressão muda para carinhosa e tranquila.

 — Princesa, acompanhe a governanta, ela lhe mostrará sua nova casa. — Despreocupado ele se aproxima e beija minha testa me deixando estática, sorrindo com a minha reação ele vira as costas e anda em direção a um carro. 

Maxwell ZimmermanOnde histórias criam vida. Descubra agora