Filha do treinador-Viktor Gyökeres

Capítulo 9

Benedita on

1 mês depois 

Preparei-me para mais um dia de estágio, levantei-me e fui preparar o pequeno-almoço.

Após tomarmos o pequeno-almoço fomos para o estágio, ele decorreu normalmente, entretanto era hora de almoço.

Eu estava a conversar com um dos meus colegas de trabalho, eu dava-me bastante com ele, após conversámos voltámos ao trabalho, e entretanto o João veio falar comigo.

Ele queria saber o que estávamos a falar, e o porquê de estarmos a falar, eu expliquei-lhe a situação, e ele depois saiu de ao pé de mim sem dizer nada, fiquei um pouco surpresa com a sua reação, mas resolvi ignorar.

Após isso, fui chamada para atender um jogador da equipa principal, fui até um dos gabinetes, bati á porta, abri a porta e vi o Viktor.

—Viktor, então o que te trás aqui?—eu perguntei fechando a porta 

—Tenho tido algumas dores nas costas!—ele disse

—Ok, podes tirar a camisola para eu ver?—eu disse pousando as coisas que eu trazia-a sobre a secretária

Ele desencostou-se da maca, eu desviei o olhar, e assim que ele a tirou eu olhei nos seus olhos.

—Deita-te na maca, de costas viradas para baixo, se faz favor

Ele assim o fez, aproximei-me dele, e coloquei as mãos nas suas costas.

—Tens a mãos frias—ele protestou

—Aguenta-te—eu disse passando a mão pelas suas costas—Preciso que me digas onde te dói

Comecei pelo inicio das suas costas, ao pé dos ombros, toquei-lhe no local e ele disse que não lhe doía, e por aí adiante, cheguei até ao final das suas costas, e ele não se queixou vez nenhuma.

—Para quem disse que tinha dores nas costas, não te queixaste de nada—eu disse cruzando os braços

Ele virou-se de barriga para cima, e olhou para mim.

—Pode-se ser que eu tenha fingido estar com dores, para ver a minha fisioterapeuta favorita—ele disse com um sorriso

—Oh, que querido—eu disse dramaticamente e levei a mão ao peito—Sabes que isso te pode dar sérios problemas, devido ao histórico de lesões

—Neste momento não estou muito preocupado—ele disse encolhendo os ombros e voltou a virar-se de barriga para baixo—Se não te importas faz-me uma massagens nas costas, ouvi dizer que és ótima nisso 

Eu pensei em quem será que lhe tinha dito aquilo, depois lembrei-me que já tinha feito massagens nas costas ao Morten, por isso só poderia ter sido ele a dizer-lhe.

—Estou á espera—ele disse tirando-me dos meus pensamentos

—Tem calma apressado—eu disse levantando-me para ir buscar o creme para fazer as massagens—Tens alguma preferência?

—Não—ele respondeu

Resolvi pegar num creme que era relaxante, caminhei até ele, coloquei o creme nas mãos e comecei a fazer-lhe massagens.

Durante as massagens ele acabou por adormecer, continuei as massagens normalmente, ao terminar as massagens, fui até ao lavatório, e passei as mãos por água para retirar o creme.

Fui até a secretária e escrevi um relatório onde diagnostiquei algo que não era muito grave, para não ir para os histórico de lesões.

Após isso fechei o computador, e caminhei até ao Viktor para o acordar, acordei tocando nele e abanando-o suavemente, ele acordou e os meus olhos focaram-se nos seus olhos azuis, fiquei vidrada neles, eles eram tão bonitos e hipnotizantes.

—O que foi?—ele perguntou-me franzindo as sobrancelhas

—Nada—eu disse voltando ao normal—Tu acabaste por adormecer enquanto eu fazia as massagens

—Então é porque as tuas massagens são realmente boas—ele disse sentando-se na maca

Eu peguei na camisola e entreguei-a, ele não desviou o olhar do meu enquanto vesti-a a camisola, e eu mantive o meu olhar no dele, ficámos a olhar um para o outro sem dizer nada, quando dei conta eu já estava entre as pernas dele, bastante próxima dele.

Foi quando a porta foi aberta, fazendo com que eu me afasta-se dele, quando olhei vi o João, a olhar entre eu e o Viktor com as sobrancelhas franzidas.

—Já estou pronto para ir embora, vou ficar á tua espera no estacionamento—ele disse com uma expressão séria

—Ok, eu também vou já embora!

—Até já!

Ele saiu mas deixou a porta aberta, eu suspirei antes de arrumar as coisas.

—Ele era o João, o meu namorado—eu disse-lhe

—Está tudo bem?

—Sim, não te preocupes—eu disse encolhendo os ombros e sorri minimamente tentando tranquiliza-lo 

—Bom, eu vou indo—ele disse aproximando-se de mim—Adeus

Ele disse dando-me um beijo na testa, e aproximou-se da porta.

—Adeus—eu disse-lhe

Ele saiu e eu fiquei sozinha na sala

(. . .)

Após picar o ponto, mudei de roupa e fui até aos estacionamento onde estava o João encostado no carro de braços cruzados, aproximei-me dele, e parei á sua frente.

—O que foi aquilo?

—Aquilo não foi nada do que estás a pensar, eu apenas estava a examiná-lo—eu disse a única coisa que me veio á cabeça na esperança que ele aceitasse

Ele de repente abraçou-me o que me deixou surpresa, ele separou-se de mim e olhou-me nos olhos.

—Eu acredito em ti—ele disse com um sorriso—Vamos?

3ª pessoa on

O que ela não sabia é que isto era o inicio de pesadelo tornado realidade, ao qual iria trazer-lhe dor e sofrimento e que iria mudar a sua vida.

Resta saber se alguém a poderia tirar desse pesadelo...