Capítulo 3 - A verdade sobre os Anjos

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"...Quando uma folha nasce, significa que um casal de almas gêmeas nasceu, quando ela seca, significa que um deles morreu e o fio se quebrou..."


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— O que está vendo de tão interessante nessas flores? — Megumi olhou o homem ao seu lado, ele olhava para frente, de cabeça erguida enquanto perguntava sobre as flores que se encontravam embaixo.

— Essência. As flores são tão abertas e não escondem faces, elas são por fora o mesmo que por dentro, o cheiro delas é o mesmo não importa o quê.

— As flores normais são seres inanimados, elas não pensam, não tem o quê esconder. — Disse friamente.

— Os seres animados sempre escondem algo? — Indagou. Sukuna olhou aquele Anjo que parecia tão inocente.

— A grande maioria. É raro encontrar alguém que não esconda algo. Pode ser inconsciente ou consciente, pode esconder algo de outros ou de si mesmo. Você por exemplo, esconde suas memórias de você mesmo. — Megumi piscou os cílios, esconder algo dele mesmo involuntariamente, era exatamente isso. Ele piscou novamente, se tornando curioso.

— Você esconde alguma coisa? — Balançou as pernas cruzadas. O Banco em que estava sentado era bem alto.

— Muitas coisas. — Foi sincero, nunca foi tão sincero em toda sua vida como foi ao dizer duas simples palavras.

— Como o demônio que existe dentro de você. — Sukuna imediatamente o fitou, em alerta. Ele se aproximou e se inclinou, ficando bem próximo ao Anjo, cara a cara. Megumi inclinou o rosto para cima enquanto o rosado inclinou para baixo.

— Você notou? De verdade?— Não teve total certeza quando estavam no necrotério.

— Desde que te vi pela primeira vez. — Megumi não sabia como não ser sincero e parecer tão inocente ao mesmo tempo, e não sabia o quanto isso mexia com a cabeça das pessoas. Anjos eram sensíveis à presença de demônios, mas ainda assim levava um certo tempo para notar, e dependendo do nível de poder, um Anjo poderia até nunca notar um demônio, diferentes de Deuses, que sentiam imediatamente. E ele notou, o quanto Sukuna era forte, e mais ainda o que estava dormindo dentro dele. Mas não foi apenas sensitivo, desde a primeira vez se sentiu ser puxado em direção ao demônio, como um imã. - É uma parte de você que ainda está dormindo, dormindo profundamente, esperando o momento certo para sair. É forte, assustador e lindo. — Sukuna não esperava essa última parte, se tornou tão surpreso que ficou momentaneamente mudo. Algo na cabeça daquele Anjo realmente não era normal.

— Lindo é? É a primeira vez que escuto isso. — Riu, e não foi um riso falso como os que sempre dava, foi um riso sincero de humor e incredulidade.

— Demônios não são maus em sua maioria.— Megumi defendeu, defendeu justamente o que Sukuna não conseguia entender.

— E o Sucubus que está atacando?— Arqueou uma sobrancelha.

— Em sua maioria.— Megumi repetiu.— Mas é normal, nem todos os Deuses e humanos são bons também, não é?— Sorriu. Ah, Sukuna realmente não conseguia entedê-lo.

— Você...— Sacudiu a cabeça, voltando ao que tinha ido fazer ali em primeiro lugar.— Bom, preciso que você me ajude a localizar a Sucubu, tudo bem por você?

— Sim.

— Que bom, nós iremos para fora do QG, então tenho algumas regrinhas simples , ok?— Os olhos de Megumi brilharam no momento em que ele disse que iriam sair para o mundo fora daquela fortaleza. Ele afirmou com a cabeça várias vezes, parecendo uma criança.

Penas de CristaisOnde histórias criam vida. Descubra agora