NARRADOR
Nova York | 1995.✧
Morgana observava pela pequena janela de seu quarto pequeno e sem vida que o inverno havia oficialmente chegado. A neve se espalhava instantâneamente, em uma velocidade exorbitante. Era como se o céu estivesse desabando, e que as partículas dele eram tão alvas como a lã de um cordeiro.
De longe, a pequena de apenas treze anos ouvia sua mãe lhe chamar, porém, somente no terceiro grito ── no qual a senhora disse seu nome completo ── que ela saiu de seu quarto e desceu as escadas de madeira envelhecida.
⸻ Tem meia hora que eu estou te chamando pra tomar café, menina! Está ficando surda?! ⸻ a mais velha disse puxando a orelha de menina, que reclamava de dor.
⸻ Desculpa, mamãe! É que eu estava olhando pela janela e fiquei admirando a neve! ⸻ a mãe da menina bufou, soltando a orelha da filha, que acariciava o canto dolorido por conta pressão.
⸻ Não sei porque você fica tão impressionada com a neve. Todo o inverno é a mesma coisa! ⸻ sem dar muita importância as palavras de sua mãe, Morgy sentou-se à mesa, pegando um pão e passando manteiga nele.
Colocando um pouco de suco de laranja em seu copo, a pequena ainda sonhava acordada com a beleza dos flocos de neve caindo do céu. Ela não sabia explicar, mas para ela, aquilo era único, e incrivelmente perfeito.
⸻ Eu vou sair pra trabalhar. E você, juízo, hein? Não é porque você está de férias que pode fazer o que bem entende. ⸻ a mulher disse colocando um casaco bem quentinho, além de um gorro e um cachecol ⸻ E se for sair pro jardim, não fique muito tempo por lá, para não pegar resfriado! E já sabe, só saia com-
⸻ "Com roupas adequadas para o frio". Tudo bem, mamãe, eu vou me comportar. ⸻ a garota disse e sua mãe revirou os olhos, dando um beijo na testa de sua filha logo depois.
Após cerca de quinze minutos, a garotinha foi ter absolutamente certeza de que sua mãe havia ido realmente embora. Assim que confirmou, vestiu suas roupas de inverno, e foi em direção da porta dos fundos, na qual dava para o jardim de sua casa.
O local era relativamente enorme, e um dos poucos lugares bonitos daquela casa. Tinha uma árvore enorme e frondosa, onde tinha um balanço, no qual estava coberto por pedaços de gelo. Diziam para Morgana que aquela árvore dava frutos na primavera, mas ela nunca viu isso acontecer.
Além da árvore, tinha também um gramado lindo, que quando estava naquela época, ficava tal qual um tapete de veludo branco. E ali, era um ótimo local para passar o tempo, já que de certa forma, a menina de cabelos escuros podia ao menos fugir um pouco da realidade triste que ela era obrigada a viver.
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𝗦𝗢𝗨𝗟𝗠𝗔𝗧𝗘, [ 𝖽𝗈𝖼𝗍𝗈𝗋 𝗐𝗁𝗈 ].
Fanfiction「 𝐎𝐎𝟏. 𝗔𝗟𝗠𝗔 𝗚𝗘̂𝗠𝗘𝗔 ˚ೃ ── .🪐*.₊˚ 𝖣𝖮𝖢𝖳𝖮𝖱 𝖶𝖧𝖮 」 ❛ you are my universe, darling ❜. ۰ ۪۪۫۫ ·☄️✧ Desde que tinha treze anos, Morgana jurava ter visto uma cabine de telefone sobrevoar a cidade e parar no s...