Minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu ainda era uma criança, e, meu pai, cuidou de mim todo esse tempo.
E cuidou muito bem.
Recentemente, meu pai teve uma pequena depressão e supôs que eu viesse pros EUA, eu vim por seu estado emocional, não acho que eu ficar ao seu lado vai ajudar em algo.
De repente, minha visão na qual olhava pela janela do avião, a final, estava indo ficar com minha tia, estava ficando embaçada.
Momentos vagos e felizes com minha mãe e meu pai, juntos, me recordam que eu havia sim sido feliz aqueles tempo, até mesmo nos momentos em que os pai contavam para mim que, poderia sim, existir um amor perfeito e verdadeiro.
Eu cresci ouvindo finais felizes e sempre imaginei o meu, mas, por um breve momento eu esquecia que alguns finais eram amaldiçoados com tristezas e dores inconsoláveis.
Mas eu nunca me imaginei chorando por alguém, muito menos depois da morte da minha mãe.
Ah... Minha mãe... Ainda consigo sentir seu cheiro doce de maçãs e seu cabelo castanho claro esvoaçando no vento, o tecido de seus vestidos acompanhavam seu cabelo, como se estivessem dançando.
Ela trabalhava em uma biblioteca, e eu sempre ia trabalhar junto com ela, depois da escola, era minha parte favorita do dia.
Haviam vários livros em estantes pregadas nas paredes do local e eu sempre passava a mão nos livros que estavam em ordem de cores.
Meu pai... Ele trabalhava como mecânico e sempre estava consertando carros. Ainda consigo ver seus olhos verdes com auras douradas que brilhavam com a luz do sol.
- sinto falta de vocês...- fala num suspiro calmo e lento.
- senhores passageiros, o avião pousará em questão de instantes, por favor, certifique-se de que seu cinto de segurança esteja bem preso, obrigada pela atenção - uma voz feminina e doce sai do rádio do avião
Olho para meu cinto que estava definitivamente bem afivelado e volto a olhar para a janela.
[...]
Carrego minhas malas até um táxi mais perto e peço para me deixar em um apartamento onde eu aluguei, vou ficar nele aos finais de semana.
Durante a semana, os alunos tem que ficar na escola e dormir lá mesmo.
Mas aos finais de semana, essa questão é opcional, se o aluno quiser ir e voltar pra escola, ninguém vai impedir esse acontecimento.
O táxi para em frente ao Condomínio. Pago pela carona, ele vai embora e me deixa ali parada.
- olá senhora - uma mulher de cabelos grisalhos me cumprimenta - Você é moradora daqui? Está se mudando?
- estou me mudando - sorrio - só estou um pouco aérea hoje.
Fiquei tão pensativa que nem percebi quanto tempo fiquei ali. Já se passaram duas horas desde que eu saí do avião.
- se quiser posso chamar um dos seguranças para te ajudar com as malas - ela indica com a cabeça em direção as minhas malas.
- não senhora - abro outro sorriso - não será necessário.
- está bem - ela aceita e vai entrando no condomínio.
Logo após isso, 2 seguranças pegam minhas malas e um deles pergunta:
- qual é o número do seu apartamento?
- 72, no sétimo andar - afirmo.
Eles começaram a subir as escadas com minhas malas e quando, finalmente, chegaram ao meu apartamento, deixaram minhas malas na porta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ironia Do Destino
FanfictionCorrigindo erros ortográficos com o tempo, por favor, tenha paciência e me avise se ver algum