Ironia Do Destino

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O baile de formatura.

É só nisso que eu venho pensando durante os últimos 21 dias. Eu combinei de sair com Lauren mais tarde pra comprarmos nossos vestidos.

Estou na casa de Matteo, dessa vez ele não está em casa, saiu para resolver alguns negócios. Estou sozinha com Lucy, Nola e outras empregadas. Estou sentada na cama de Matteo, assistindo TV e fazendo cafuné em Nola.

Decido me levantar e explorar um pouco a casa. Nola vem atrás de mim. Desço as escadas, já que sei que todos os quartos da parte de cima são de hóspedes. Matteo ja me fez visitar todos eles.

Ando em direção a uma porta que está entreaberta. Passo por ela e me deparo com uma sala com um ar agradável. Cores suaves, objetos delicados e assentos confortáveis.

Olho para um piano preto que se destaca nos tons de branco, amarelo e cinza do local. Me aproximo e toco a madeira fria.

Sinto algo no meu peito, algo quente e que me traz paz, uma sensação boa. Mamãe.

Minha mãe me ensinou uma música que eu não lembro o nome, mas eu a aprendi por completo aos 10 anos. Me sento no banco e levanto a tampa do piano. E se eu...

Toco as teclas. Meus dedos formigam, então eu pressiono a primeira tecla e o som ecoa pelo cômodo.

Começo sincronizar o som de uma tecla com a outra e aos poucos eu vou me recordando cada vez mais.

A música termina e eu começo outra vez, só que agora, mais aperfeiçoada.

Sinto mãos pousarem lentamente sobre as minhas, sinto um arrepio e erro uma nota, então eu paro.

Olho pra trás e me deparo com olhos azuis me encarando e colocando seu olhar nas minhas mãos.

- voltou mais cedo do que...- paro de falar quando viro pra trás - do que eu esperava...

- eu acabei agilizando umas coisas lá pra voltar pra casa logo - ele diz e se senta ao meu lado, ele olha pro piano - não sabia que tocava.

- fazia muito tempo que eu não tocava...- faço uma pausa, então escuto a porta da frente bater.

- Lucy e o resto das empregadas já foram embora, terminaram por aqui hoje - ele fala e volta seu olhar pra mim - vai sair que horas?

- só as 20hs - respondo.

- ótimo - ele me puxa pra perto, selando nossos lábios e sua língua atrevida entra em minha boca.

Ele coloca sua mão em minha coxa, e, aos poucos, me faz deitar no banco, ficando entre minhas pernas.

Coloco minhas mãos em sua nuca e vou subindo para os fios de cabelo.

- Matteo, não - digo e ele para de me beijar - hoje não.

- não precisamos tirar a roupa, me deixe só sentir você só um pouco - olho em seus olhos.

Não dou resposta alguma, mas não contenho um sorriso, e então ele volta a me beijar, me puxando pra cima, fazendo eu enlaçar sua cintura com minhas pernas enquanto ele me leva pra cozinha.

Ele me coloca em cima do balcão da cozinha. Sinto suas mãos acariciando minhas pernas, depois vão subindo até minha cintura e entram sorrateiramente pra debaixo da minha camisa.

Bom, não minha, dele.

- Matteo...

- eu disse que não tiraria sua roupa, não disse que não te tocaria  - ele sorri enquanto sobe as mãos para os meus seios nus.

- tarado - digo voltando a beijá-lo.

- com você é fácil - diz entre o beijo, dessa vez mantendo sua mão em meu seios enquanto a outra desce e coloca o tecido do meu shorts pro lado - as vezes me pergunto por que você dorme sem roupas íntimas...