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• MATTEO •

Encaro os olhos de Luana que mais pareciam uma constelação do que a cor de mal de sempre.

- eu...

- não precisa falar nada - digo a interrompendo.

Eu me aproximo e selo nossos lábios num beijo calmo, longo e lento. Minha língua encontra a sua, e eu sinto o corpo de Lua se arrepiar.

Nós paramos o beijo por falta de ar.

Eu ficaria pelo resto da minha vida.

- eu te amo, farfalle - digo e dou um último selinho antes de me aconchegar no seu colo.

Solto um suspiro e a olho novamente. Ela solta um sorrisinho  e começa a fazer cafuné no meu cabelo.

Eu me levanto e ela me encara confusa.

- vem - digo e ela se levanta.

- aonde vamos? - pergunta.

Não respondo, apenas pego em sua mão e a arrasto pra fora do quarto. Descemos as escadas. O corredor estava vazio.

Mas ainda são 21hs...

Saímos da escola e fomos em direção ao meu carro. Abro a porta pra Luana entrar.

Entro no carro e ligo a chave. Começo a traçar o trajeto, coloco a mão na coxa de Luana e começo a acariciar levemente.

Ela não questionou nada, apenas observava o lado de fora da janela e de vez em quando colocava sua mão em cima da minha. Eu estaciono o carro em frente a minha casa e desço pra abrir a porta pra Luana.

Ela sai com os olhos brilhando de dentro do carro.

- aonde estamos? - ela pergunta e se vira para mim.

- na minha casa - digo e sorrio.

Aos olhos dela, parecia uma mansão, mas pra mim, era uma casa normal.

- vamos entrar? - digo e a puxo sem esperar sua resposta.

Nós entramos e demos de cara com Lucy, a empregada da casa.

- oh! Sr Salles! - ela exclama assustada - eu já estou de saída, hoje demorei um pouco mais pois eu cheguei atrasada, espero que o senhor não esteja incomodado.

- não Lucy, está tudo bem - sorrio e ela retribui.

- e quem é essa mocinha adorável? - ela pergunta se dirigindo a Luana.

- essa é a Luana, Lucy - digo e Luana sorri para ela.

- é um prazer Lucy - ela diz estendendo a mão para a senhora.

- bom... vamos entrar, farfalle? - pergunto.

- vam...

- desculpe, mas o senhor disse farfalle? - pergunta Lucy, sorridente

- sim - sorrio bobo

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