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QUANDO KELCE SALTOU em cima de BERLIM eu fiquei petrificada e o frio tomou conta do meu corpo. Por pouco não fui projetada para trás também.
Apenas ouvia vozes gritando em minha cabeça, porém eu não conseguia fazer nada. Sentia me petrificada. Meu corpo pesava, não conseguia me mover por muito que quisesse.
Até que eu ouvi um tiro.
Me virei rapidamente e vejo Moscou com a arma na mão mirando para Berlim e Kelce. Antes de pensar que ele havia disparado em um deles, consegui ver que disparou perto deles para que parassem.
Kelce e Berlim estavam se batendo no chão, mas pararam com o tiro. Vejo Nairóbi e Tokio subirem rapidamente a enorme escadaria do museu. Nairobi me abraçou de lado e Tokio foi até Kelce e o tirou de cima de Berlim.
Quando olhei para Kelce, vi seu rosto magoado. Seu olho estava roxo e seu nariz sangrava. Já Berlim, apenas sangrava do lábio e do nariz. Quando Kelce estava de cabeça quente nunca usava sua força máxima, mas mesmo assim deixou Berlim sangrando.
- Vem. - Nairóbi me ajudou a ir até um dos cômodos, mas agora, longe daquele onde eu estava antes.
Por mais que eu quisesse voltar para perto dos meus amigos e conhecidos, eu ainda não estava apta para isso. Mal conseguia andar sozinha e não conseguia sequer descer escadas.
Quando adentramos no cômodo, fiquei um pouco assustada. O cômodo era pequeno, a única luz que iluminava o cômodo era a luz da lua. Não sabia que horas eram, apenas sabia que era bem tarde já e me sentia exausta.
- Pode ficar aqui ta? - Ela me ajudou a sentar em um sofá que havia ali. - Eu vou buscar suas coisas e comida para você tabom?
- Está bem. Pode me fazer um favor?
- Me fala. - Ela se agachou na minha frente e colocou as mãos em meus joelhos.
- Será que poderia trazer Kelce até mim por favor? - Sentia meus olhos queimarem e ficando marejados.
- Eu não sei se vou conseguir fazer isso...
- Por favor. - Senti uma lágrima escorrer por meu rosto.
- Está bem. - Ela se levantou e saiu do cômodo.
Após ela sair, me sentia sozinha e com frio. Me sentia perdida e minha cabeça estava a mil. Só queria gritar e sair dali. Precisava de meus comprimidos ou um cigarro ou talvez bebida ou um baseado para me acalmar.
Pouco depois ouvi a porta se abrir. Olhei para a porta sendo aberta, ainda com os olhos marejados e vi Kelce que sorriu quando me viu e correu até mim me abraçando.
