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APÓS TUDO AQUILO que Bill me havia contado me senti fatal... havia tratado tão mal o Kaulitz mais velho que nem havia percebido e nem perguntado o porquê de ele ser assim. Era provável que ele não fosse me dar justificações, porém Bill soube fazê-lo.
Após me contar sua história de vida e me falar seu nome, ele ainda me falou que ele era o mais novo e que o homem alto de tranças era o mais velho. Eles tinham apenas dez minutos de diferença, nascendo um às 6:20 ᴀᴍ e outro às 6:30 ᴀᴍ.
Enquanto conversávamos, Bill acabou trazendo comida para comermos já que eu não comia fazia horas e ele também não. Depois de longas horas de conversa, Bill me havia levado no banheiro e graças a Deus a menstruação já havia passado. Minha menstruação nunca durava muito tempo já que eu tomava uma pílula bem forte para manter aquele tempo de menstruação e devido às dores horríveis que sentia. Naquele momento, eu estava sozinha no enorme cômodo. Bill havia aberto o sofá, já que era um sofá cama, para eu poder me sentir mais confortável antes dele sair.
Duas operações em dois dias, não achava que isso iria acontecer algum dia na minha vida... após ficar processando tudo o que Bill havia dito eu acabei dormindo. Porém não por muito tempo, já que não demorou muito para eu sentir alguém deitado ao meu lado. Abri os olhos ainda meio sonolenta e encarei o Kaulitz mais velho deitado de olhos fechados do meu lado.
— O que pensa que está fazendo Kaulitz? — Perguntei sonolenta. Após minha fala ele abriu os olhos que ficaram arregalados de seguida e me encaram.
— O que me chamou? — Me perguntou confuso e surpreso.
— Kaulitz. — Falei meio sonolenta ainda.
— Aí Bill, eu vou te matar. — Murmura com raiva.
— Toma. — Falei aproximo meu braço esquerdo do mesmo e ele me olhou confuso. — Pega vá. — Ele ainda me encarava confuso. — Bill já me contou sua história e peço desculpa pela maneira que tratei você. Eu não sabia dessa sua história, porém deveria respeitá-lo sabendo ou não da história. — Ele me olhou atento. — Meus pais são bem conservadores sabe? Eles não me deixam fazer quase nada. Eu saio para festas quando eles estão dormindo e volto antes do amanhecer para eles não estranharem. Eu surto com eles por eles não me deixarem fazer absolutamente nada. Por isso eu surtei com você... — Falei cabisbaixa e o olhei vendo seu sorriso de canto.
— Não tem por que se desculpar. Eu que peço desculpa por ter feito tudo isso com você. Estas coisas dos assaltos são muito complicados e enchem muito minha cabeça. Fico imensamente nervoso e irritado quando alguém me responde ou não faz o que mando. — Ele falou me olhando nos olhos e sorriu.
