Marília's Point Of View
Eu sentia como se o mundo todo estivesse contra mim.
Não, não estou sendo exagerada, digo, talvez eu estivesse sendo um pouco, mas o fato era que eu me sentia oprimida por todas aquelas garotas que me acusavam injustamente de várias coisas das quais eu não tinha culpa nenhuma. As coisas começaram a ficar ruins quando Maraisa não me deixou ingerir uma gota sequer de álcool, afirmando que eu havia sido operada recentemente, mas o engraçado era que quando ela usou o meu corpo no armário de vassouras, não pareceu muito preocupada com a minha saúde. Segundo, Luísa, que com a ajuda das outras me acusava de haver escondido o fato de que estava morrendo, sendo que eu fiz aquilo com a melhor das intenções.
- E nós só soubemos de tudo quando depois que o transplante já havia sido feito. – Luísa olhou de cara feia pra mim.
Ela nunca faltou um horário de visitas enquanto estive no hospital, mas eu tinha minhas dúvidas de seus motivos porque durante todo o tempo ela só resmungava sobre o fato de quase ter me perdido sem ao menos saber.
- Você é muito egoísta, Mendonça. – Maiara franziu os olhos para mim.
Eu quase precisei ficar internada durante mais tempo no hospital por causa de Maiara, que é uma troglodita que não classifica tapas ou empurrões como agressão, e se aproveitou do fato que eu estava indefesa e frágil para me bater e meu único paliativo para a dor era o fato de que ela fez aquilo enquanto reclamava com a voz embargada e deixou uma ou duas lágrimas caírem entre os tapas.
- Eu só queria poupar vocês. – Eu expliquei pela milésima vez desde a cirurgia, vendo Yas se levantar e sair do quarto com uma expressão zangada.
De todas as minhas amigas, Yas foi a que mais ficou abalada e irritada. Ela não havia me perdoado completamente por haver escondido aquilo dela. Disse que irmãs de alma não faziam aquele tipo de coisa e chorou durante horas junto ao leito do hospital.
- Gente, o importante é que ela está aqui com a gente... – Nai interveio. Ela reagiu mal por uns dois minutos, mas depois se acalmou. Desde a cirurgia, sempre que nos encontrávamos ela fazia questão de ficar abraçada comigo por pelo menos cinco minutos e eu particularmente adorava aquilo.
- Para de defender ela porque ela está errada! – Maiara exclamou enquanto bebia um pouco de champanhe.
Depois de vários minutos tentando me defender enquanto minha namorada só se preocupava em bebericar o champanhe, elas finalmente decidiram mudar de assunto.
- E então Cela, você está namorando alguém? - Maraisa perguntou evidente interesse na voz enquanto minha preocupação estava dividida entre minha namorada e o fato de Yas ainda não ter voltado para o quarto.
- Eu estive ocupada demais para pensar nisso – Minha amiga explicou segurando o filho adormecido no colo – Além disso, eu não sei se estou preparada para confiar em outra pessoa.
- Você não teve ninguém durante todos esses anos? – Luísa perguntou e Marcela negou, meneando a cabeça.
- Amor, eu vou atrás da Yas. – Eu sussurrei no ouvido de Maraisa e deixei um beijo em seus cabelos.
- Está tudo bem? – Ela perguntou virando-se para mim.
- Eu não sei. – Confidenciei, me levantando e saindo do modo mais imperceptível possível.
Apesar da casa de Lauana ser enorme, eu não demorei a encontrar Yas. Ela estava sentada em um banco próximo à piscina e meu coração se apertou ao ouvir o seu choro. Os únicos momentos em que Yas era silenciosa, era durante o choro e eu odiava aqueles momentos.
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You Hate Me While I Love You- Malila
Fiksi PenggemarComo vou conquistar a garota que eu amo? A resposta é simples: infernizando-a. (Concluída) 》ADAPTAÇÃO《 Créditos:@imkaymarques Capa: luarises_xx