Digo para mim mesma que não vou voltar,
sabendo que não há solução.
Lavo o sangue, que acabei de entornar,
de propósito, sem qualquer razão.Estou afundada na luz do dia,
mas vejo uma escuridão ao além.
Tento escrever mais poesia,
sobre a luz e o bem.Mas eu sei que não consigo resistir,
ao frio da noite que me observa, distante.
Por favor, não-me deixes partir,
mas o frio da noite é deveras viciante...E aqui estou eu
a correr da luz do dia.
Culpo-te pelo caminho ser teu:
o caminho desta melodia.E de novo não há nada.
O ciclo é sempre igual.
Corro denovo por esta estrada,
para ir ter ao mesmo local.E a cada vez que corro ao encontro da noite,
perco-me completamente do dia
e não consigo reencontrar caminho,
tal e qual como dizia na minha profecia.E agora estou presa nesta floresta sem dia,
sem qualquer forma de saída,
sem qualquer forma de alegria,
sem qualquer sentido para a vida.Estou novamente coberta de sangue
entornado no meu corpo, por mim
e não tenho sítio para o lavar.
Pergunto-me agora se isto é o fim.Mas, oh, se eu me culpo...
Não me culpo, meu povo,
pois eu sei que fico perdida
quando no tudo, nada é novo.Oh, mas eu odeio-o e amo-o ao mesmo tempo:
O sangue a cobrir o meu corpo.
Esse belo momento
e a vontade de pedir socorro.
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Sentenças de vida para contar às estrelas
PoésieUma estrela só para de brilhar, quando a sua luz é esquecida.