capítulo 23

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Tom on

Entro em desespero mas escuto alguém me chamar, era a voz de Sn. Era só um pesadelo... ao acordar vejo ela me abraçar preocupada e me aconchego em seu abraço, assim que ela começa a me fazer cafuné vou me acalmando.

- Tom? Está tudo bem, foi só um sonho. Quer me contar como foi?

- Você ainda está aqui. Não me abandonou...

- Claro que estou, e sempre estarei. O que houve? Você começou a se contorcer, gritar e chorar. - ela questiona enquanto afasta o cabelo de meu rosto.

- Eu sonhei que... você se casava com o zabini, e o Lord das trevas te matava no casamento. - falei no tom mais baixo que consegui, falar tornou isso mais vergonhoso do que em meu pensamento.

Ela me consolou e enfatizou que era apenas um pesadelo, perdido em meus pensamentos acabei adormecendo em seu colo. Esse sonho, aquele abraço, o encontro... tudo isso me fez ter certeza de que teria que me livrar desse garoto, e o basilisco me ajudaria com isso.

- Então agora admite que eu estava certo, todo esse tempo.

- Talvez, somente talvez. E Zabini está no meu caminho, ou seja, quero que se livre dele.

- Sabe que esse sonho foi apenas o lord das trevas entrando na sua cabeça ? E que ela não quer nada com esse Zabini?

- Não importa, ele quer algo com ela, então ele tem que morrer. De forma que não pareça que fomos nós, é claro.

- Mas não agora, espere um tempo, até a poeira baixar, se não ela vai desconfiar

Sn on

Estava tudo perfeito. Eu e Tom estamos mais próximos do que nunca. Exceto pela carta que recebi hoje mais cedo. A carta referia-se a um baile familiar, no qual eu deveria comparecer. Que ótimo! Mais um desses bailes ridículos com pessoas ridículas, pelo menos papai escreveu ao fim da carta que se eu quisesse, poderia levar Tom como meu acompanhante. Adoraria ir à um baile com ele, mas não sei se ele gostaria. De qualquer forma, o convite estará de pé. Vi ele passar apressado pelo corredor e resolvi convidar.

- Tom! Você gosta de bailes? E estará ocupado no final de semana? - o moreno abriu um sorriso ao me ver

- Estarei livre no final de semana, o que devo vestir? E o que você vai vestir?

- Não sei ainda, mais tarde vou à Hogsmeade. Adoraria a sua companhia.

- Te encontro as 17h, na entrada da comunal.

Algo me diz que esse baile não vai ser tão chato assim. Antes de procurarmos as roupas, fomos na dedos de mel pegar uns doces e demos uma caminhada.
Ao chegar na loja de terno, somos atendidos por uma moça que claramente já dá em cima dele de cara e eu fico emburrada.

- Nós queremos um terno todo preto, sob medida. - digo com vontade de torturar aquela mocréia.

- Ah, o rapaz que faz as medidas está em horário de almoço, mas eu posso fazer as medidas, sem problemas. - diz a mocréia e ainda dá uma piscada para ele, eu ainda vou cometer um crime se continuar assim.

- Não será necessário, nós aguardamos, não é, minha lady? - Tom finalmente se pronuncia enquanto me puxa pela cintura para mais perto de si.

- Claro. - respondo abrindo o sorriso mais sincero da minha vida. Nesse momento minha raiva passou, até esqueci da mocréia.

Quando o rapaz das medidas chegou, fez as medidas e disse que ficaria pronto um dia antes de partirmos. Fomos em busca do meu vestido, provei vários mas um em particular chamou minha atenção. Era verde esmeralda, com leves detalhes prateados, com um leve decote no peito e uma fenda a partir da metade da coxa.

- Qual você prefere?

- Você fica belíssima em todos, mas com certeza o verde combina mais com você.

- Você acha? Eu também achei, tenho uma sandália de salto prateada discreta que acho que combinaria muito, e uma pulseira e anel que ficariam perfeitos.

- Sn, você ficaria maravilhosa vestindo até mesmo um saco de batatas, porque você é linda, independente da roupa. - falou enquanto deixava um beijinho em minha testa.

No outro dia comunicou a chegada de uma nova aluna Melissa Gaunt, que sentou-se ao lado de Tom em todas as refeições e aulas, e se atirava em cima dele de forma bem invasiva. No único momento em que o vi sozinho, questionei o porquê dele não afastar ela e obtive a seguinte resposta: " a família dela é próxima ao meu pai, eu não posso." É claro. Sempre o Voldemort, eu achava que tínhamos resolvido isso, mas pelo jeito estava errada.
Mais tarde vi os dois na comunal.

- Tom! Não vai me apresentar à sua amiga? - perguntei me fazendo de sonsa.

- Por que ele apresentaria, se vocês não tem nada? - ela me respondeu de forma rude.

- Claro, se vocês me dão licença. - respondi esperando Tom desmentir.

O que não aconteceu. Na hora eu não demonstrei, mas isso me atingiu profundamente. Eu não estou a fim de ver ele hoje, e provavelmente ele iria atrás de mim no meu dormitório e no de Draco também. Sai da comunal para os corredores, e ali eu vi minha salvação: os gêmeos Weasley.

- Oi Sn. - Fred me cumprimentou

- Oi meninos, posso dormir no dormitório de vocês? É só por hoje.

- Claro Sn, pode ficar o tempo que quiser. - George respondeu.

Ao chegarmos no dormitório eles notaram que eu estava descontente e George foi o primeiro a perguntar.

- Sn, o que houve? Você está com um semblante triste. Foi o Tom não, não foi?

- Sabem a garota nova? A família dela é de comensais, e ela fica o tempo inteiro se esfregando nele, e ele não faz nada para não ter problemas com o Voldemort. E quando ela disse que não tínhamos nada, ele não negou. - respondi e George me abraçou.

- Mas vocês não tem nada, não é? - Fred disse.

- Fred! Ele não te merece Sn, e como o Fred disse, vocês não tem nada. Vai ter uma festa na comunal da Sonserina amanhã, vamos comprar uma roupa bem provocante e te arrumar para você ir à essa festa, e ficar com outras pessoas. Se você não esquecer ele, pelo menos ele vai se morder de ciúmes.

Tom on

Depois de conseguir me livrar daquele estorvo, fui atrás da Sn. Com toda certeza ela está furiosa comigo, eu também estaria, mas ao chegar ao dormitório dela, vi apenas Pansy Parkinson.

- Cadê a Sn?

- Primeiramente boa noite, Riddle. Ela está te evitando, já que você é um molenga que não consegue se livrar de uma perua que não deve saber nem segurar a varinha. - falou sem sequer levantar o olhar do livro que lia

- Se me livrar dela, a primeira pessoa que meu pai vai atrás é a Sn.

- Ela está num lugar que você não tem acesso: o dormitório dos gêmeos ruivos de baixa renda. Seria até melhor pra' ela, apesar de serem pobres, eles são divertidos, engraçados e acolhedores, diferente de você, que é sem graça, mórbido, grosso e cachorrinho do papai. - Essa fala me irritou um pouco, mas decidi irrelevar.

- Boa noite, Parkinson.

- Acho que amanhã ela vai comparecer à comemoração da Sonserina, na comunal.

- Hum...

Continua...

Você é minha ! - Tom Riddle X  SnOnde histórias criam vida. Descubra agora