🥀|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖘𝖊𝖎𝖘 |🥀

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𝕺  policial parou o carro em frente ao edifício imponente e sólido no centro da cidade. Sua arquitetura segue os padrões clássicos da nossa época, com influências do neoclássico e beaux-arts. Colunas robustas que flanqueiam a entrada principal, sustentando um frontão ornamentado. A porta de entrada, feita de madeira maciça, apresenta detalhes esculpidos, e a cima dela, uma placa de metal indica "Delegacia de Policia, representando a autoridade e a ordem. As janelas são grandes, com molduras de madeira e algumas possuem grelhas de ferro forjado para segurança. Luminárias de ferro fundido adornam a fachada, proporcionando iluminação à noite. O brasão da polícia é exibido na porta de entrada.

Eles nos guiaram para dentro do edifício. O ambiente é sombrio e opressivo. Há uma recepção com mesa, um telefone, uma máquina de escrever e um rádio. Atrás da mesa, um policial uniformizado escreve algo no bloco de notas, ele levanta a cabeça e cumprimenta os seus colegas com um movimento de cabeça, que retribuem.

Nas paredes há alguns quadros de paisagens e retratos de autoridades que trabalharam ali. No canto, há uma escada que leva para o segundo andar. Escutamos gritos e gemidos vindo daquele local. Hanna entrelaça sua mão na minha apertando, preocupada e com medo. Nicholas passa o braço pelo meu ombro, num modo protetor, enquanto seguimos os policiais.

O policial de bigode foi para a sua mesa, enquanto o alto nos conduziu até a sala de interrogatório.

-A Senhorita espera por eles aqui fora ou quer entrar? - pergunta o policial, mostrando a cadeira de madeira solitária perto da porta da sala.

- Vou entrar - responde Hanna, olhando para o policial - Eu acho que ele tem perguntas para mim sobre aquela noite também.

O policial abriu a porta dando passagem para nós três. Um homem de meia-idade, com cabelos grisalhos e bigode, tem uma expressão de autoridade. Está sentado na cadeira de madeira maciça detalhada atrás da mesa do mesmo material, ele está lendo  um relatório com o semblante pensativo, levanta a cabeça para olhar para nós quatro.

-No que posso ajudar, policial Henrique? - pergunta fechando a pasta.

-Eles vieram prestar depoimento sobre o assassinato da senhorita Layla, senhor - Responde o policial atrás de nós - São os suspeitos que estavam no camarim e sua amiga.

-Por favor, entrem e sentem, meus jovens - ele acena para sentarmos nas três cadeiras em frente à mesa.

-Vou deixar o senhor com eles, licença - O policial saiu da sala, fechando a porta.

Em cima da mesa há uma máquina de escrever com uma folha em branco, que ele puxa para a sua frente. Um telefone e um rádio. Uma placa de madeira escrita com seu nome, inspetor John Henley, em letra cursiva.

-O que faziam num Speakeaseis no dia seis? - Pergunta começando a digitar na máquina de escrever.

-Fui com a minha amiga Hanna - respondo nervosa mexendo as mãos juntas no meu colo - Eu havia tido uma visão sobre uma moça que corria perigo

 - No começo não tinha acreditado nela - acrescentou Hanna pegando a minha mão - Mais resolvi ajudá-la e a acompanhei até esse lugar.

-Eu tinha voltado para a cidade naquele mesmo dia - Responde Nicholas pegando a minha outra mão e aperta para me confortar - Um amigo havia me convidado para conversarmos no Speakeaseis, porque não nos víamos à anos. 

O inspetor continua digitando o que dizíamos em silêncio concordando com a cabeça.

-Certo - ele termina de digitar e olha para mim - Poderia descrever a suposta visão que teve com a cantora, senhorita.

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