𝑫ois policiais me param no caminho para a casa da Hanna e pedem para eu entrar no carro. Eles usam uniformes escuros, com insígnias e emblemas metálicos e na cabeça chapéu de feltro com faixas pretas.
-Por favor, deixem-me avisar a minha amiga primeiro - peço a eles juntando as mãos - È aqui perto.
Eles se afastam de mim e conversam baixinho do outro lado da rua.
Espero a decisão deles encostada no carro, de braços cruzados na altura dos seios. O sol começa a nascer no horizonte. Respiro fundo, batendo o pé de forma impaciente e ansiosa. Solto um bocejo. È uma antiga mania, que adquiri por causa das visões.
-Senhorita - diz um policial baixinho de bigode aproximando - Decidimos levá-la até a casa da sua amiga.
-Obrigada - Agradeço respirando fundo abrindo a porta de um Ford Model T e entrando.
O policial de bigode entra pelo lado do motorista e seu parceiro alto entra ao lado dele. Ele arranca com o carro pelas ruas movimentadas de paralelepípedos.
-Siga essa rua e vire à direita - digo, orientando-os, nervosa com as mãos entrelaçadas no colo - È uma casa marrom de dois andares que tem um caminho de paralelepípedos que leva á porta branca.
Eles me levam até a casa da Hanna parando em frente a casa que descrevi. Saio do carro, subo os dois degraus da entrada e aperto a campainha mecânica três vezes, é a nossa saudação. Ela é operada por um botão que, quando pressionado, puxa um fio conectado ao sino.
-Bom dia, Marie - A senhora O' Brian sorri após abrir a porta branca - Sabia que era alguém conhecido por apertar a campainha três vezes - Seu semblante fica preocupado ao ver os policiais atrás de mim - O que desejam, senhores?
-Estamos aguardando a senhorita avisar a amiga, para depois a levarmos para a delegacia, senhora - Responde o policial alto.
-Ela fez algo errado? - Pergunta ela, preocupada, me abraçando de modo protetor.
-Não - digo baixinho, negando com a cabeça.
-Ela é uma suspeita de matar a cantora famosa chamada Layla - diz o policial de bigode.
Ela solta meu corpo, me olhando atentamente. Respiro fundo, a olhando, respondendo a sua pergunta silenciosa, negando com a cabeça.
Hanna desce as escadas vestida com seu uniforme impecável, sem amasso nenhum, sorrindo quando me vê parada ao lado da sua mãe.
-Bom dia, Marie - Ela se aproxima animada, me abraçando - Porque tem policiais na porta de casa a essa hora da manhã?
-Eles estão aqui por minha causa - digo, respirando fundo olhando para seu semblante preocupado - Preciso dar meu depoimento sobre aquela noite em que a cantora morreu.
-Nick e você são inocentes - Ela diz, respirando fundo, olhando em meus olhos - Vou faltar a aula e ir na delegacia com você.
-Você precisa ir para o colégio - digo, pegando sua mão e apertando - Não estava com nós dois no camarim minutos antes da morte dela.
-Mas eu estava naquela noite com vocês - Ela aperta a minha mão também - É meu dever dar depoimento e ajudá-los de alguma forma.
-Senhora O' Brian, mande a sua filha para o colégio, por favor - Peço, soltando a mão de Hanna e olhando para a sua mãe.
Ela intercalou o olhar entre nós duas, preocupada. Coloca as mãos no ombro de cada uma apertando-o para nos confortar.
-Sou sua amiga, Marie - diz ela, me olhando - Amigos não abandonam os outros numa situação difícil.
- Você pode me ajudar estudando - Respondo, olhando-a seriamente - Vou precisar das matérias passadas nas aulas de hoje após voltar da delegacia.
-Vou ficar preocupada e não conseguirei me concentrar nas aulas, Marie - Ela diz, aflita - Preciso ajudar e irei.
-Querida, vá com a Marie - A senhora O ' Brian tira as mãos dos nossos ombros - E você, para de teimosia, deixa a Hanna dar apoio.
Hanna e eu concordamos com a cabeça, olhando para a mais velha. Ela entrega a bolsa que está no ombro para a mãe.
-Meninas, vou telefonar para a professora de vocês para avisar que vão faltar - Disse a senhora O' Brian, beijando o rosto da filha e o meu - Não vou entrar em detalhes com ela sobre o motivo.
-Está bem, senhora O' Brian - Digo, abrindo um sorriso beijando o rosto dela - Obrigada.
Ela é como uma segunda mãe para mim. Nossas mães são como irmãs e melhores amigas. Cresceram juntas.
-Obrigada, mamãe - diz Hanna, olhando para a mãe com admiração.
-De nada, queridas - responde ela, sorrindo para nós duas - Agora vão, os policiais devem estar impacientes.
Nós duas olhamos automaticamente para os dois. Eles estão encostados no carro de braços cruzados atentos a nossa conversa.
-Você não vai avisar a sua mãe? - Pergunta Hanna, levantando uma sobrancelha e me olha.
-Não vou demorar na delegacia - digo, ainda olhando para os dois policiais - Só vamos dar um depoimento rápido sobre aquele noite e voltaremos para casa, né?
Os dois se olham e depois me fitam, concordando com a cabeça.
Ela entrelaça a mão na minha. Caminhamos juntas na direção do carro, balançando os braços e pulando enquanto cantamos uma música e depois rimos.
-Irei avisar a sua mãe sobre o ocorrido, querida - Avisa a senhora O' Brian, entrando em casa enquanto solto a mão da Hanna e abro a porta do carro. Ela entra primeiro no carro - Vai dar tudo certo, meninas.
-Obrigada mais uma vez, Senhora O' Brian - digo, entrando no carro e acenando para ela - Chega para lá, Hanna.
Ela acena para a nossa direção segurando a risada enquanto os policiais entram no carro. A senhora O' Brian fecha a porta branca de casa.
Hanna coloca a mão sobre a minha enquanto os policiais entram no carro. Olho para o movimento da rua, respirando fundo.
-O que esta acontecendo? - Pergunta uma voz conhecida quando se aproxima do carro.
Abro meus olhos, virando meu corpo no banco curiosa, sem querer batendo minha cabeça no teto. Coloco a mão no local dolorido, descobrindo se tratar do Nicholas.
Hanna começa a rir. Reviro os olhos e a olho brava para ela
-Desculpa - ela pede colocando a mão na boca e respira fundo.
-Estamos levando a Senhorita Brandon para dar depoimento - Responde o policial alto ignorando nós duas no banco detrás.
-Eu quero ir junto - Nicholas fala decidido e abre a porta detrás - Vai para lá, Marie.
O policial alto desce do carro e tira a mão dele gentilmente da porta o olhando com atenção.
-Ela já tem uma acompanhante, Senhor - Responde o policial bloqueando a passagem dele. - Espere noticias na casa da senhorita, O' Brian.
-Não obriga a ir na delegacia reclamar com o seu superior - Diz Nicholas olhando sério para o policial - Eu também estava naquela noite da morte da cantora.
-Deixa ele ir também, Justin - diz o policial de bigode atrás do bigode.
O policial alto afasta da porta e a abre para o Nicholas.
-Obrigado - Nicholas diz abrindo um sorriso vitorioso entrando no carro - Chega para lá, Marie.
Reviro os olhos afastando da porta, fico no meio da Hanna e ele.
-Bom dia, Nicholas - respondo ironicamente - Como vai?
-Vou bem Marie, Obrigado - responde ele com o sorriso nos lábios fechando a porta - Bom dia, Hanna.
Bom dia, Nick - responde ele rindo.
Resolvo ignorar os dois e olhar para frente. O policial de bigode começa a conduzir pelas ruas movimentadas de pedestres e carros. Sinto o vento bagunçar meu cabelo. Arrumo colocando os fios no lugar
|🥀|•|🥀|•|🥀|
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝕻𝖔𝖗 𝖉𝖔 𝖘𝖔𝖑
VampirosMarie tem premonições, mas não consegue salva a mãe da morte. Seu pai a interna no Sanatório, onde conhece Rodrigo, um vampiro que a defende de James, um rival que quer o seu sangue. Ele a transforma em imortal e revela o seu destino grandioso. O sa...