boate gay

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Eu podia sentir os lábios macios e quentes contra a pele das minhas costas, despertando-me do meu sono. A boca percorreu minha nuca, pairou contra meu ombro e deslizou, voltando a beijar minhas costas desnudas. Eu suspirei, virando meu corpo e piscando repetidas vezes.

- Bom dia... - Saudou sorrindo torto, se inclinando e deixando um beijo em minha bochecha.

- Bom dia.- Desejei jogando um braço em volta de sua cintura, puxando-a para mais perto e uma risadinha saiu sua garganta.

- Lauren está tarde.- Falou entre risos quando a apertei mais.

- Eu não ligo.- Respondi.

- Sim, você liga. Só estou fazendo o que sempre faz comigo, pula da cama depois de um sexo enlouquecedor.- Sorriu maliciosamente e rolou da cama, desprendendo-se dos meus braços.

- Prometo não fazer mais se você ficar.- Falei sem brincadeira e me levantei completamente nua, sentindo seu olhar queimar minha pele.

- Não prometa, você seria incapaz disso.- Colocou seu vestido preto de alças finais, deslizando as mãos pela cintura para que o tecido se ajeitasse.- O que aconteceu com você, hein?- Se aproximou tocando meu queixo.- Acordou carente hoje?

Eu ri ironicamente e me virei indo em direção ao banheiro.

- Não seja tola, só queria que você ficasse mais tempo hoje para me relaxar antes do trabalho.- A mulher apareceu na porta do banheiro e se desbruçou na padente, olhando-me através do espelho. Seu sorriso não estava mais no rosto.- Estamos aqui pelo mesmo motivo, você sabe.

- Não, nós estamos aqui pelo seu prazer.

- Quando você está gemendo na minha cama e me pedindo por mais, me parece tudo, menos que não sente prazer com o que faço.- Prendi meus cabelos em um coque firme para que não molhasse durante o banho

- Não quero só uma foda, Jauregui.- seu tom se tornou sério.- E não te esperarei por muito tempo, muito menos estarei a sua disposição sempre que quiser comer uma boceta sem compromisso. - Senti minha cabeça latejar e me segurei para não bufar. Era sempre a mesma história.

- Lucy, você pode ter qualquer mulher.- Respondi sem vontade de continuar a conversa.- Não insista nisso se espera por mais, não vai ter.

Ela me olhou por breves segundos e virou-se, escutei quando pegou suas chaves e bateu a porta do meu quarto. Soltei o ar preso em meus pulmões e abri o chuveiro, relaxando os músculos na água quente.

***

Voltar a trabalhar foi um alívio momentâneo que passou no segundo dia. Estar em casa depois de tanto tempo em uma vida ativa, foi uma experiência desesperadora. Ally e Normani me visitavam todos os dias nas primeiras duas semanas, mas depois que consegui me movimentar com mais facilidade, dispensei a ajuda delas.

Depois do acidente adquiri uma atenção redobrada por onde e como andava. A fisioterapeuta me disse que um osso após  fraturado, estava mais sujeito a ter lesões novamente. E a última coisa que eu quero é ficar parada de novo.

Estar desocupada me possibilitava pensar mais, e ao fazer isso, ela invadia os meus pensamentos de uma forma hipnotizante. Se alguém me dissesse que foi feitiçaria eu não iria duvidar, desde aquele dia, Camila não saiu mais da minha mente.

Quando acordei no domingo, ela e sua amiga Dinah, não estavam mais no meu apartamento, foram embora cedo. Normani me disse que ambas agradeceram muito pela hospedagem e que futuramente iriam marcar uma saída em agradecimento, no caso hoje.

Acreditem, eu jurei que ficaria em paz depois que elas se foram, mas o cheiro de Camila ficou impregnado por cada canto do meu quarto e a imagem dela usando minhas roupas que marcaram tanto o seu corpo, invadiu os meus sonhos mais profundos durante noites.

Poderosa Paixão - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora