Final

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Sam

- Mamãe, como você conheceu a mamãe? - perguntou minha pequena Yha, sentada no meu colo.

- Amor, já contei mil vezes essa história. - minha filhinha fez beicinho igual à mãe, ela é tão parecida com a Mon que dá medo. Yha foi concebida pela primeira vez, no começo tive medo pelos meus sogros, mas a verdade é que eles nos apoiaram muito. Kirk foi outro que ficou muito feliz porque ia ser tio, quem reagiu mal foi Nita, mas ela não fez nada que atrapalhasse meu relacionamento, em vez disso foi para a Inglaterra e voltou dois anos depois com um inglês, mas acho que ele não sabe que eu conhecia seus sentimentos por mim.

- Por favor, mamãe. - disse minha garotinha de 6 anos.

- Ok, vou contar a história de novo. - Fiz cócegas nela, ela se debateu em meus braços, rindo, Kornkamon e eu decidimos não contar como nos conhecemos, mudamos completamente a história. Além disso, quem acreditaria que nos conhecemos num sonho? Mon e eu provavelmente estávamos em um hospital psiquiátrico. E não quero contar a história de novo, porque sempre mudo alguma coisa, porque já contei tantas vezes para saber de trás para frente, mas não, nunca aprendo.

- Tudo começou no inverno, eu e sua mãe estávamos atravessando a rua na direção oposta e ela deixou cair o tablet - comecei a contar.

- Mamãe - interrompeu minha garotinha, revirando os olhos. - Não me queira enganar, foi no verão que eles se conheceram e não foi o tablet, foi o celular dela - ela riu.

- Você vê que você sabe de tudo? - Eu cutuquei suas costelas.

- Agora, mamãe, pare. - minha filhinha disse com pura risada.

- Samanun Anuntrakul, o que você está fazendo com minha filha? - Mon perguntou descendo as escadas com meu pequeno Bon que era muito lindo.

- Em primeiro lugar, sou Samanun Anuntrakul Phetpailin,
segundo, minha filha merecia receber cócegas e, finalmente,
para onde vai meu lindo aniversariante? - Agarrei Bon para beijar suas bochechas, ele estava rindo como um louco, nem todo mundo na vida completa 1 ano.

- Mamãe, vamos à festa na casa dos meus avós. - Minha filhinha balançou a cabeça.

- É verdade – suspirei e Mon me deu um tapa. - Que?

- Seu pai agora me odeia porque o nome do meu filho não é igual ao dele, ele pensa que meu Bon é igual a ele, mas não, meu garoto se parece comigo, com seus olhos, mas parece comigo - eu disse confiante e Mon sorriu.

- Ele se parece com você. - ela me beijou na boca.

- Eca, feio. -  reclamou a menina.

- Sim, nossa, beijo é feio, principalmente se uma criança beijar você, você vai pegar piolho - olhei para minha filha e ela fez uma careta.

- Não fique com ciúmes, Sam - Mon riu. - E o Bon também se parece com meu pai – falei sério.

- Enfim, vamos - revirei os olhos, agarrando uma das mãos de Yha com a mão livre para que Mon pudesse fechar a porta.

Coloquei meu campeão na cadeirinha de criança e coloquei minha filhinha no cinto de segurança, abri a porta para Mon e sentei no banco do motorista, a casa Phetpailin ficava a cerca de meia hora da minha.

Na viagem estávamos cantando todos os tipos de músicas, digo todos os tipos porque eram aleatórias. Da música da minha princesinha e do meu filho, da música da Mon e da minha, que é diferente, muito diferente.

Quando chegamos aos meus sogros, saí do carro e abri a porta para Mon, ela tirou Bon e eu tirei minha princesa.

- Surpresa - gritaram ao abrir a porta da casa. Tinha meus sogros, minha cunhada e o namorado dela, meus amigos, amigos da Mon e amigos do meu sogro, claro, ele sempre exibe os netos.

𝗦𝗲𝘅 𝗗𝗼𝗹𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora