capítulo 10

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Gostaram do sustinho?


Sam

Enquanto caminhava rapidamente pela casa, peguei meu celular para falar com Kirk e perguntar sobre Kornkamon.

Com o celular no ouvido, abri a porta. Meu rosto devia valer uma fortuna pela minha expressão. Do outro lado da porta estava Mon, com flores e alguns balões na braço. Parecia que ela ia bater na porta, pois estava com a mão levantada. Ao baixá-la, ela sorriu, pressionando a língua com os dentes.

- Mas que? - perguntei confusa.

- Venho te convidar para um encontro, e você tem que dizer sim - ela me perguntou séria.

- Céus - fiquei aliviada, num movimento rápido a abracei forte. - Nunca mais saia assim, eu estava com tanto medo – enterrei meu rosto em seu pescoço, inalando seu cheiro.

- Kirk disse que é assim que se conquista uma garota e me levou para comprar tudo isso, não fui porque quis, mas fiz para te surpreender - explicou com calma, me abraçando com o braço que tinha os balões.

- E você conseguiu, mas nunca mais faça isso, prefiro muito mais estar com você do que você me fazer uma surpresa - me separei dela.

- Mas eu quero que você se apaixone por mim. - ela murmurou suavemente.

- Boba - abracei-a novamente. - Já estou apaixonada por você.

- Nossa, Kirk estava certo, isso funciona mesmo – ela pareceu surpresa. - Talvez eu tenha que te convidar para jantar e você tem que dizer sim, Kirk já fez a reserva e disse que iria te mandar o endereço por mensagem - ela sorriu orgulhosa.

- Ele comprou essas lindas flores e balões? - Suspirei, pobres flores, esmaguei-as no primeiro abraço que dei nela.

- Não, fui eu - ela franziu a testa ao responder.

- Quero dizer, ele te deu o dinheiro? - Beijei sua bochecha.

- Não, o beijo é depois do jantar - ela sussurrou para mim, como se eu não soubesse. - Sim, ele me deu dinheiro para comprar as coisas e fazer a reserva, ele disse que você  o pagaria mais tarde.

-  Sim - eu ri

"sorte que ele não quis comprar um carro."

- Tanto faz - ela pigarreou novamente. - Meu amor por você é como essas flores, fortes, puras, lindas, com espinhos, símbolo de que superaremos todos os obstáculos para vê-la florescer. Um amor que se não for cuidado murchará, mas se cuidarmos teremos um jardim florescente. E esses balões são um símbolo de que é você quem me mantém seguro, se você me deixar ir, vou me perder e desaparecer como uma lembrança levada pelo vento. Então, você não pode me deixar ir, porque eu quero ver nosso jardim crescer, quero que você me ame para sempre e não me esqueça facilmente. Quer ir jantar comigo hoje às 7? - ela perguntou, suando um pouco. - Você tem que dizer sim - ela sussurrou mais depois, entregando-me as flores e os balões.

- Só porque é a primeira vez que você se declara e me convida para jantar, sim, quero ir com você - peguei as flores e os balões, ela sorriu docemente.

- Acabei de inventar o que disse, gostou? - ela me perguntou, tímida.

- Foi muito bom - dei um beijinho nos lábios dela.

- Obrigado Kirk - gritou Mon, olhando na direção do meu carro, por trás disso Kirk colocou a cabeça para fora, piscou para ela e se escondeu novamente.

- Vamos entrar, tenho algo para fazer – engoli em seco.

- O que você quiser – ela sorriu.

Antes de fechar a porta Kirk colocou a cabeça para fora, com a mão direita esticou o dedo indicador e com a esquerda fez um círculo, porco. Fechei a porta com o pé para ele não terminar o gesto, o que tenho certeza que foi nojento.

𝗦𝗲𝘅 𝗗𝗼𝗹𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora