Deal ❜ 𝖨𝗇𝗎𝗂 + 𝖣𝗋𝖺𝗄𝖾𝗇.

│𝟰𝟴

Durante a noite na casa da irmã, Seishu abriu os olhos por um momento breve e viu o namorado falando com alguém no telefone. Ele estava em pé sua voz soava baixa. Entretanto, estava tão cansado que nem sequer conseguiu manter os olhos abertos.

De madrugada escutou a voz dele chamando seu nome, tocando em seu braço com cuidado da forma que sempre fazia quando queria acordá-lo. Abriu os olhos vagarosamente até conseguir obrigar o cérebro a raciocinar que palavras saíam daquela boca.

: Inui, temos que viajar às pressas com o Mikey... Levanta, amor, por favor.
: Para onde?
A cabeça do Seishu parecia explodir pós bebedeira, como se tivessem estourado 20 fogos de artifício em cada partizinha dali. Sua voz saiu rouca com a forma dele de dizer, tão apressado e já colocando as duas mão sobre a cintura dele para poder levantá-lo de imediato.

: Em um Estado aqui perto, vem...
Ele puxou mais o corpo do outro para sair da cama, no meio tempo que ele estava completamente insatisfeito e utilizou uma boa manha para não sair dali. Estava quente, confortável. E seu corpo parecia pesar uma tonelada.

: Eu tô muito cansado...
: Eu te levo no colo quando chegarmos lá e você pode dormir ok?
Inui grunhiu baixo enquanto seu físico estava sendo brutalmente arrastado para fora de sua zona de conforto. Sentia o frio daquela amanhã invadir seu físico e arrepiar tudo, mas se manteve firme e colocou seu corpo de pé mesmo assim. Com uma cara de bunda gigante.

: Vai lá dizer tchau para Akane.
Draken arrumava tudo em uma sacola, as roupas sujas na mochila que tinham levado. O mais baixo soltou um xingamento bem baixinho e começou a caminhar até o quarto da irmã feito um zumbi, sem nem um pingo de vontade de despedir - mas precisavam do controle do portão para sair. Bateu algumas vezes até que Koko saísse de lá com o rosto inchado e cheio de dúvidas.

: Temos que ir, pode abrir a porta? A Akane tá acordada?
: Vou chamar ela.
Ele virou de costas após dizer, uma box grave e claramente cansada. Sabia que a esposa gostava bastante de receber pessoas em casa, mas para ele aquelas festas recorrentes acabavam com seu descanso do final de semana. E alguns segundos depois a loira estava ali meio descabelada.

: Tenho que ir, mana... Viajar.
: Ah já?? Tava preparando um almoço tão delicioso...
Ela se esticou para abraçá-lo fortemente, o que o outro correspondeu. Ficaram com os corpos abraçados por alguns instantes, ele sempre sentia saudades dela quando ia embora. E agora tinha medo de que o bebê nascesse e ele não estivesse ali para as acompanhar ou vê-lo pela primeira vez.

: Desculpa... Posso te pedir uma coisa?
: Claro.
O abraço se desfez e ele agora ficou encarando os olhos dela, mas seus físicos continuavam juntos com suas mãos sobre os antebraços. Mesmo de noite, os olhos azuis dela ainda brilhavam radiantes na direção dele e até o intimidava um pouco.