Vendida - Imagine Nanami Kento.

Capítulo 01

Normandia estava movimentada e intensa, quando houve um grande silêncio por parte dos humanos e vampiros que estavam na praça centro do estado controlado pelos seres noturnos em uma paz amistosa com o governo humano. As pessoas pararam para olhar, o atual general dos vampiros andando entre eles em sua habitual apatia para com sua rotina. Nanami Kento, vestia um uniforme militar branco uma longa capa com o símbolo do seu clã em dourado, sua aparência pálida, parte do seu rosto estava queimada e deformada, usando um tapa olho sobre sua cicatriz para esconder seu globo esbranquiçado.

Andava com um pequeno grupo de seus soldados vampiros atrás de si, enquanto faziam a vistoria local. Depois que o governador antigo caiu e Kento foi enviado, os crimes diminuíram consideravelmente e a fome começou a ser uma lembrança distante. Seu olho vermelho vagou pelos humanos, com suas mãos apoiadas na sua espada de batalha, enquanto seus cabelos loiros arrumados eram bagunçados pelo vento frio que soprava.

Nanami parou levantando sua mão enluvada para a pequena guarnição que o seguia, fazendo os seus subordinados parar. Seu olho vasculhou entre a movimentação que voltou ao normal, quando sua atenção parou em uma família que estava em uma das tendas da praça tentando trocar níqueis de bronze (moeda que não valia nada no estado) por alguma comida. O vampiro sabia que eles não eram da Normandia, suas roupas sujas e rasgadas, rostos magros. Desde que assumiu o controle por ordem do imperador dos vampiros, livrou-se facilmente da corrupção e dos tributos abusivos que o ser humano usava para pagar seus luxos.

Observou com cuidado, medindo a família. Porém seu interesse intrínseco estava na mulher mais nova entre eles. O cheiro dela era como um bálsamo, não tinha dúvidas que ela era sua companheira predestinada. Apertou suas mãos em punho, respirando fundo olhando para a forma miserável como os humanos a deixaram. Nem mesmo roupas para o frio daquela região, tinham. Seu coração morto palpitava nervoso fazendo sua runa de raiva tatuada na sua pele arder. Acalmou-se, não podia perder seu controle naquele lugar.

Seus pés o guiaram até aquela família moribunda e imunda, fazendo um sinal para os soldados circularem monitorando a praça e ao redor. Sua capa caia sobre seu corpo o deixando ainda mais gracioso que o normal. Ele desviou seu olhar para a mulher jovem, seus dedos cobertos tocaram o rosto dela, virando de um lado a outro como se a estivesse avaliando como uma mercadoria, mas, não era isso que ele estava checando, e sim a maldade que os humanos faziam com os seus. Olhar para os olhos vivos e brilhantes dela o deixava tonto, com uma vontade selvagem de a envolver em seus braços e a beijar, a cobrir e proteger. Mas, aquele era o seu lado possessivo e sombrio rasgando para a superficial quando se tratava da sua companheira destinada. O povo vampiro acreditava que todos tinham uma alma gêmea esperando. Sempre foram ensinados sobre isso, seus pais eram destinados. Como sua tia Ana e seu marido também.

O mundo continuou normalmente ao seu redor, as pessoas que moravam na Normandia já se acostumaram com vampiros comprando humanos nas feiras, igrejas e em outros lugares.

"Minha!" — Seu pensamento rugia, quando afastou seus dedos, olhando para o restante deles. — É sua filha? — Virou seu rosto queimado para os humanos, as crianças escondiam-se atrás dos mais velhos. — Quanto quer por ela?

O silêncio pairou sobre eles, a mulher virou do vampiro nobre para a sua família respirando fundo, apertava suas mãos entre seus peitos cobertos. Pedindo para sua família estar considerando vendê-la como uma mercadoria qualquer da praça. Entretanto, quando olhou para seus pais, eles pareciam querer isso. Tremeu com a ideia de cair nas garras daquele nobre que de alguma forma a atraía como uma abelha.