Vendida - Imagine Nanami Kento.

Capítulo 05

Dias longos seguiram-se nos caminhos guiados pela a carruagem até o porto, que ficava a milhas de distância de Normandia. Vagaram dias em direção ao porto sabendo que teria um navio os aguardando para serem levados até a terra dos vampiros. A viagem exigiu um alto preço de S/n, que sentia todo o seu corpo doer pela longa horas dentro da carruagem somente parando para dormir, estava cansada, e seus olhos vagavam pelas paisagens bucólicas e tranquilas das cidades que passaram, Nanami era um cavaleiro se preocupando com sua saúde, porém, por mais que tentasse esconder ansiava para conhecer a terra do homem que aprendeu a amar. Ele disse faltava alguns minutos para finalmente chegar em seu destino final, seu coração batia nervosamente, tirou seus olhos da estrada de terra e neve voltando sua atenção para o vampiro a sua frente que estava entretido com um livreto em suas mãos, olhando melhor havia um símbolo mágico em sua capa, um tom de dourado que reluzia toda vez que algum fio de luz invadia a cabine ambos.

Correu seus olhos para a roupa que ele usava naqueles últimos dias, nada que ostentasse sua hierarquia militar, vestia-se como um civil qualquer. Um terno preto comum com luvas de couro pretas cobrindo suas mãos, notou sua bengala de status ao seu lado, com algum animal entalhado no metal prateado. Seu cabelo apesar de penteado alguns fios caiam sobre seu tapa olho e testa lhe dando um ar mortalmente belo e lúgubre. S/n o olhava pensativa, quando ele levantou seu olhar para a mesma que sentiu-se constrangida ouvindo uma risada rouca do mesmo.

Fechou seu livreto, e deslizou para o lado do banco onde ela estava sentada, seus dedos cobertos tocaram as mãos dela. Podia sentir o seu polegar massagear suas juntas. Enquanto a outra, levou um dos seus fios rebeldes para trás de sua orelha.

Houve um carinho suave no rosto feminino. — Está com fome? Cansada? — A preocupação latente dele, a deixou desconcertada, tentou falar. Antes de qualquer palavra, Kento deslizou sua mão para o seu terno, tirando um pequeno saquinho de frutas cristalizadas e entregou para a mesma que olhou curiosa. — Tinha comprado para você, mas, não reclamou nenhuma vez. — Abriu cuidadosamente e riu do vampiro.

— Sempre me deixa sem palavras! — O encarou, recebendo um beijo suave em sua testa.

S/n pegou um dos docinhos levando para a sua boca o provando, era crocante e suculento com gosto de laranja. Havia várias cores e sabores diferentes, foi provando um após outro comeu tudo sem ver em minutos. Vendo que o vampiro tinha um sorriso gentil em seus lábios.

— Isso indica que está faminta! — Comentou.

A conversa terminou quando o cocheiro anunciou que tinha chegado ao porto. Kento foi rápido em levantar e ajudar sua esposa a sair da carruagem. S/n, olhou maravilhada para o grande navio que estava atracado no cais, era a primeira vez vendo pessoalmente, antes só viu fotos que os padres da sua antiga cidade lhe mostravam. Ele a guiou para dentro do navio, pegando o ticket assim que pisaram no convés o número da suíte que iriam ficar. S/n notou inúmeros humanos que estavam conversando com um grupo grande de vampiros sobre a ida deles para o império, sentia-se ansiosa caminhando por todos os lados vendo as coisas luxuosas que tinham naquele lugar.

S/n, notou que Kento a guiava para a parte do andar acima, com poucos quartos. Caminharam pelo corredor quase vazio, observando a vista maravilhosa do mar. Eles pararam na frente de uma porta branca com o número doze, Nanami abriu a porta a guiando para dentro e o local era simplesmente fabuloso, com o chão forrado de carpete branco e macio, havia a sala para a recepção e outra porta para o quarto. A humana andou pelos cômodos explorando tudo curiosamente, nunca tinha visto tanto luxo como aquele suíte que estavam.

Nanami tirou seu paletó ficando somente com sua camisa social. — Descanse querida! Vou pedir para prepararem um banho para você, para trazerem uma refeição suave ao quarto! — Deslizou sua mão para o bolso da sua calça pegando um frasco e caminhou até a mulher colocando em sua mão. — A humana falou que é bom para relaxar.