013.

28 3 0
                                    

  Assim que avistei ele, comecei a gritar freneticamente.

-Cala a boca, vagabundinha do caralho! - O homem falou.

-Vai tomar nesse seu cu! - Gritei enquanto sentava rapidamente na cama de Hospital assustada.

-Vejo que já acordou, Amélia. Algum problema, meu bem? - Uma enfermeira entrou na sala.

-Sim moça. Eu não conheço ele, ele me sequestrou a umas duas semanas atrás.
Ele me perseguiu até me raptar novamente.
E eu preciso que você acredite em mim, eu preciso da sua ajuda. Esse cara é um monstro!
Ele tentou abusar de mim mais de três vezes.
Por favor, me ajuda! - Falei implorando pela ajuda da enfermeira.

-Moça... ele me mostrou a identidade dele, e ele realmente é o seu pai. Vocês tem o mesmo sobrenome. Ele mostrou até a sua certidão de nascimento e o seu CPF. - A enfermeira falou com muita convicção.

-Ele falsificou! Ele já fez isso antes para que eu pudesse trabalhar. Eu tive que trabalhar de stripper pra "bancar" esse vagabundo.
Eu sou de menor, esse CPF e identidade são falsos! Eu só preciso voltar para o meu quarto de Hotel e mostrarei tudo o que você quiser ver.

-Amélia, sentimos muito, mas infelizmente não podemos te liberar para voltar pra casa nessa situação. Você está dopada por contas dos remédios e não deve se lembrar que ele é o seu pai.
Você saíra do Hospital amanhã de manhã, às 06:50. Seu pai te levará até a casa dele e te tratará através de remédios.
Até passar os efeitos colaterais dos remédios, seu pai ficará aqui acompanhando a sua recuperação. Com licença. - A enfermeira se retirou nos deixando ali novamente.

-Ouviu bem, putinha? Agora eu acho bom que me chame de "Daddy". - Falou o homem debochando e rindo ironicamente da minha cara.

-O Tom te encontrará, seu babaca! Ele encontrará.

-O que ele vai fazer, chamar os seguranças dele? hahahaha, hilária! - O velho argumentou.

-Você tá mexendo com a pessoa errada, velhote. Você não sabe nada sobre mim!

-Shiu.... - Disse o velho indo em minha direção e colocando uma máscara com sonífero no meu rosto.

Eu até tentei afastar ele, mas meu corpo estava pesado e mole.
Minhas veias estavam perfuradas por conta das quantidades absurdas de nutrientes e ferros em que tomava na veia. Fora o soro que era dolorido.

Um tempo depois eu acordei com uma enfermeira ao meu lado me chamando.

-Amélia, tá tudo bem? - Uma enfermeira com o crachá escrito "Myrean" me acordou.
A voz era muito familiar, mas eu não conseguia abrir meus olhos muito bem.

-Myrean, é você? - Perguntei.

-Como ela sabe o seu nome, cadela? - O homem perguntou a Myrean.

-Ah, eu... - O homem interrompeu a garota com um tapa rosto da mesma.

-VADIA. EU SABIA QUE NÃO DEVERIA CONFIAR EM TI! - O homem gritou na sala.

-PARA, SEU IDIOTA. VAI PRO INFERNO!
SUA MÃE NÃO TE ENSINOU QUE JAMAIS DEVE LEVANTAR A MÃO PARA UMA MULHER? - gritei tentando intervir.

Ele ergueu sua mão em direção ao meu rosto.
Mas Myrean o interrompeu.

-Quem você pensa que é? Vamos pra sua casa agora, vagabundinha! - O homem a puxou e me puxou pelo braço em direção as escadas.
Haviam algumas agulhas na minha veia, e no momento que ele me puxou, as agulhas foram arrancadas a força.

-Não tem ninguém no Hospital agora, apenas nós. Vamos pegar o dinheiro da recepção e vamos embora, tá entendendo? E nada de choro. - O homem falou ainda nos arrastando.

483. the hotel roomOnde histórias criam vida. Descubra agora