capítulo 6

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Acordo com meus próprios gritos, não ligo onde estou só começo a correr. Seguro as lágrimas correndo igual a uma maluca. Ele disse... Disse que era para fazermos isso juntos. Ele me tirou da decisões da sua vida! Me tirou e agora pode virar um maluco suicída e assassino.

Deveria ter saído de Clovelly assim que tive a chance, me afastar, tirar Jack da minha vida seria a forma mas fácil de protege-lo. Deveria ter salvado sua vida e fugido, ele pensaria que eu estava casada e não me procuraria. Mas uma parte de mim morreria, que droga! Droga! Droga! Porque o amor tem que ser tão difícil?

Quando saiu do prédio onde estou sinto o peso do frio de Londres, estou só de camisola ué. Olho para o prédio por um instante, não da tempo de voltar agora. Eu não quero ter um namorado maluco e suicida. Avisto a torre de Londres, meus pés descalços batem no chão de Londres quase fazendo-me congelar. Alguns guardas de vermelho me observam sempre parados no lugar. Uma fila extensa se forma para entrar no Big bang.

Ultrapasso as pessoas ouvindo vários protestos, uma mão segura a minha me fazendo virar.

- Natalie me desculpa. - Charlotte implora.

- Ele vai escolher a espada errada! - grito largando sua mão - conviva com a culpa.

Sim, estou furiosa. Com todos eles, confiei neles e mentiram para mim. As estrela brilha forte assim que consigo persuadir o guarda e entrar. E agora? Para que lugar vou? Dou um passo para a esquerda e a estrela perde um pouco da cor. Dou dois passos para a direita e ela brilha mais forte. Yut! siga a estrela. É isso que ele quer dizer, a estrela vai me mostrar.

Corro para a direita, tenho que admitir o negócio do lado de dentro e bem bonito. Paro quando a estrela perde um pouco da cor, dou dos passos para trás olhando para a grande estrela desenhada em uma parede. Só pode ser uma parede falsa, tem que ser... Perai, isso é sangue?

Encosto o dedo e dou um pulo, é sangue. Empurro, chuto, Bato e o negócio nem se mexe. Rápido! E se... Sangue. Sangue. Sangue. Eu não tenho uma faca, não tenho força nos dentes para fazer isso. Uma luminária? Ajuda. Agora vou ser a vândala que quebrou patrimônio público de big bang! Quebro a lâmpada com a mão gritando, isso dói.

Um grande corte se forma na palma da minha mão. Passo ele na parede. Quando a porta se abre escuto quase como um sussurro a palavra três. Prendo a respiração quase voando para onde Jack está, sua mão a centímetros da espada. Se eu solta a respiração agora é muito provavel que não vou conseguir impedir que ele pegue essa maldita espada.

Se você consegue sobreviver a uma rainha do mau, pode sobreviver a uma espada amaldiçoada, vamos Natalie não pode ser tão difícil. Engoli em seco com meus pulmões gritando por ar, dou um beijo demorado na bochecha de Jack, fecho os olhos e pego a espada.

Escuridão, um impacto, várias coisas se estilhaçando, solidão, muita solidão. Imagens de guerra, pessoas matando suas próprias famílias, pessoas se matando, sangue, terror, solidão. O mundo é tão triste. Para que eu iria querer continuar nele? Para que alguém iria querer continuar nele?

***
Jack

Ela caiu no chão gritando, não sei como ela veio parar aqui, não sei nem como ela conseguiu sair do transe que Blake a colocou. Ela está com a espada na mão, começa a tremer compulsivamente no chão. Aí deus não!

Me agacho para tirar a espada da sua mão, quando encosto na espada espero ficar da mesma forma que ela, mas a espada na minha mão perece normal, leve, uma espada simples.

- Droga! - Kyle grita correndo até ela, ele está com a outra espada. Ela pegou a errada. A amaldiçoada. Ela me salvou.

- Me ajuda! - grito em agonia - fala o que eu tenho que fazer, faz isso parar, Kyle!

Ele olha para ela passando a mão na sua testa, ela está de camisola. Isso é culpa minha, deveria ter mantido ela perto quando ela pediu.

- Eu não sei... - fala ele confuso - minha esperança era que isso acontecesse a mim. Poderia morrer em paz, mas, isso foi com ela. Eu não sei o que fazer.

A abraço chorando. Sim, homens choram quando o amor da sua vida podem virar uma suicida.

- Eu sinto muito. - sussurro tentando conforta-la - eu sinto muito.

- Jack - diz ele calmamente - você sabe que quando ela acorda pode não ser mas a mesma. Ela pode tentar se machucar, ou a outra pessoa.

- Que se dane! Deixa ela me machucar! Eu prometi que iria protejer ela. Prometi. Não vou deixa-la. - a abraço ainda mais forte, não pode acabar assim, temos que ter um final feliz, ela merece isso - Natalie, eu te amo e sinto muito.

Déjà vu, ela se sacrificando pelos outros, eu ajoelhado tentando fazer com que ela volte, mas alguém que antes era Sam agora é Kyle. Mas quando pedi para ela não me deixar ela não respondeu "Mas eu nunca deixei", ela não respondeu nada. Só grita. E eu sei que ela está com dor, e que não tenho como fazer isso parar.

***
Charlotte.

- Ela tocou na espada, Yut. O que a gente faz agora? - pergunto com as mãos tremendo. Felipe tenta me acalmar, mas eu grito com ele. É tudo culpa dele e dos outros. Me convenceram de que isso seria o melhor para Natalie e olha onde páramos.

- Charlotte respire e fale devagar. Se ela pegou a espada a grande possibilidade é que ela tente matar alguém quando acorda. Ou que ela possa tentar se matar. Vocês tem que prenderá, se possível algema-la em algum lugar onde ela não possa fazer mau a ninguém.

- Está falando para mim tratar ela como se a tivesse exorcizando! - berro para o telefone - ela é minha melhor amiga!

- Mas agora não é a Natalie, imagina se algum dia ela sair disso e souber que matou alguém que ama? Isso não vai fazer ela de sentir melhor. - ele fala cautelosamente.

- Se um dia ela sair disso? Ela precisa sair disso já! Você não viu como o Jack está Yut. Ele está grudado nela, está chorando! Você já viu o Jack chorar? É uma cena deplorável, horrível, é de parti o coração. Você precisa vim para cá agora mesmo.

- Eu não posso...

- Então me desconsidere como filha. - desligo o telefone.

***
Kyle.

Falhei em proteger ela. Se ela se matar será meu fim, se ela matar alguém será o fim dela. Não me deram um manual de como cuidar de uma suicida possuída. Ninguém me disse como seria se ela se ferisse. E vou dizer. É horrível.

- Não te levaram para uma academia onde aprendeu tudo que sabe a base do espancamento e sabe o que fazer agora? - pergunta Sam pela 10° vez.

- Eu já disse. A marca apareceu em mim e tudo que fiz foi seguir a Natalie protegendo-a. Falhei. - passo a mão no meu rosto.

- Falhamos. - Sam fala com a voz rouca - todos falhamos. Não a culpado específico para isso.

- Se ela morrer eu morro - confesso.

- Todos sentiram saudades dela.

- Não. É literalmente. Isso é tipo que uma estimulação para que a proteja. Se ela morre eu morro, se eu morro ela continua a vida como se nada tivesse acontecido.

- Que porre. - Sam diz colocando a mão no meu ombro.

- Você nem faz ideia.

Rediny 3Onde histórias criam vida. Descubra agora