capítulo 8

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Deixei a mulher falando sozinha e corri até Jack me sentando ao seu lado, coloco sua cabeça na minha perna vendo se ele está bem. Ele ainda está pálido, não sei por que me preocupo com ele, nem qual é o sentido de estar trancada em uma sala com ele e uma mulher. Só sei que tenho que ter certeza de que ele está realmente bem.

- O que aconteceu com ele? - grito passando meus dedos no seu rosto gelado - me diga!

- Ele está dopado - diz a mulher simplesmente - ele é perigoso para o mundo, ninguém consegue entender isso mas do que eu.

- Mas o que ele fez?

- Ele tentou te matar querida. Ele colocou uma espada mortal em suas mãos, ele quase te feriu...

- MENTIRA! você é mentirosa! - grito balançando a cabeça do garoto com muita força para que ele acordasse logo. Ande, ande, eu preciso saber a verdade.

- Ele está doente Naty. - ela sussurra carinhosamente. Citando o nome daquela que todos acham que sou eu, mas não tenho essa tamanha certeza também. - ele teve uma infância difícil. Foi infectado. Está morrendo por dentro, a doença, vai leva-lo desta vida se não ajudar.

- Me diz como ajudar... - digo, porém não tenho tempo de terminar. Meu braço começa ander e eu grito, afastando-me do garoto e pulando de um lado para o outro. - para! Pare de fazer isso! - grito para a mulher.

Ela franze o cenho confusa. Olha para mim como se fosse algum tipo de marciando. Está queimando e... e... Desenhando.

Um trevo. Uma cruz. Uma estrela.

Caiu de joelhos atormentada pelas coisas que vem na minha cabeça. Eu correndo da escola, pegando carona com o garoto. Ele sorrindo. Eu na casa de... Quem? Eu batendo em uma garota loira na escola. Abrindo bolas de água gigante em uma piscina. Quase me afogando. Uma loira, confiante, minha amiga. Traição, depois amor, depois mágoa. Sam! Mamãe nos sonho, ela voltando para casa. John me expulsando, Natan se afastando. Maycom, meu pai.

Grito colocando a mão na cabeça tentando enfrentar aquilo da melhor forma.

Meu nome é Natalie Silver.

Caiu no chão me debatendo.

Meu namorado eterno é Jack Cameron, ele fugiu da sua mãe quando era pequeno porque ela o torturava com experiências. Quando ele sorri, eu entro em êxtase, quando ele me beija é como se eu entrasse nas nuvens e pulasse de uma para outra aleatoriamente. Ele me ama, e isso que importa, até agora.

Casamento... Com quem? Com quem eu iria casar? Porque?... Colheita. Pessoas que eu amo marcadas por minha culpa... Rosana... Blake... Sacrifício. Culpa. Penhasco, Jack se jogando e eu me matando...

Gabriel... Gabbe. Violet... Minha querida irmã, querida... Esperança, esperança, esperança, esperança.

Akaia, filha da pu... Filha do Yut. Ela sequestrou meu irmão mais novo Gabriel em uma tentativa doentia da mãe natureza de se vingar de mim por ter me fundido com Freya. Oh, céus... Freya perdeu Ethan na primeira noite de colheita. Tadinha. Pessoas quem vieram na minha vida.

Jack, Sam, Blake, Charlotte, Kyle, Yut, Maycom, Freya, Ethan, Rosana... Essas pessoas fizeram parte da minha vida um bom tempo, elas me incentivaram, me deram oportunidade para continuar e algumas eu até odeio, mas elas me fizeram o que sou hoje.

Um sentimento doentio se apoderá de mim quando levanto lentamente. Dou-lhe um sorriso mais maléfico sentindo minhas mãos pinicarem. Inclino a cabeça para o lado.

- Mamãe do Jack... - olho para cima onde fios então soltos pela estrutura mal feita do lugar. Mexo meu dedinho que está laranja como se estivesse orquestrando, imaginando os fios enrolando nos pulsos e pescoço dela. Sua cara vai de confusa para assustada em dois tempo. - o que devo a honra de seu inoportuno? Ou talvez devesse te matar. Ainda estou indecisa...

Ela coloca as duas mãos no pescoço tentando desesperada parar os fios. Logo sinto o fogo saindo da minha mão, talvez possa mudar os planos matando a vadia queimada como a bruxa que ela é. O Jack estava fazendo isso quando cheguei, tenho certeza disso, nós dois estamos de alguma maneira maluca conectados e não tenho nenhum rancor em matar essa mulher. Que diz ser mãe dele.

- Natalie você não entende. Estou tentando cuidar dele, quando ele era pequeno, nós não usamos ele como cobaia. - ela grita com a voz fina. Sua cor está mudando, o que é bizarro.

- Não é? Então toda vez que perseguiu ele pela casa, enfiou várias agulhas nele, torturou-o com testes intermináveis de sangue. Infectou seu filho com uma infância horrível... Tudo isso era porque o amava? - riu apertando ainda mais os fios.

Eu não sei porque, mas minha pulsação está acelerada pedindo por sangue. Ha, sangue. Sangue de uma traidora é o melhor tipo de sangue derramado....

Sangue, sangue, sangue. Uma voz sussurrou na minha mente como cantiga. Brincando com qualquer tentativa de compaixão que enche meu peito.

- Deve estar se perguntando como não está tentando matar seus amigos, como não está em outro mundo enquanto seu corpo era obrigado a matar todos... - ela sussurra.

Isso faz uma parte, aquela lá dentro, uma pontinha de dúvida. Crescendo, como uma bola de neve desgovernada.

- Me diga.

Afroxo o aperto só para ela poder resfolegar um pouco.

- Ele é doente. - diz e não precisa de mais para minha outra parte aperta seu pescoço com mais força. Quase posso ouvir o som dos seus ossos quebrando, hum, futuro... Chegue logo! - nós não estavamos usando ele como cobaia. Estávamos tentando achar uma forma de cura-lo. Tente me entender, ele é meu filho... Não faria nada para o machucar.

O fogo cripta na minha mão muito forte, jorrando para todos os lados. O fogo infernal. Novamente correndo pelas minhas veias brilhantes.

Queimando sua humanidade.

Aí, droga. Balanço minhas mãos com força fechando os olhos, me desconsentrando totalmente dos fios de aço. Pensei em Jack, na minha mãe e em como amo Gabriel. E como eu quero encontra-lo. Eu preciso persisti.
Prendo minhas unhas no chão com força, quebrando a maioria até sengrar e sentir um pouco de dor pode fazer toda diferença no meu coração. Então sinto a paz interior se impregnando em mim e o pinicar de mãos para. Estou bem.

Abro os olhos lentamente. A mãe de Jack está sentada no chão com as mãos na garganta, recuperando o fôlego. Sinto uma pontada de culpa.

- Eu sinto muito... - passo as mãos na testa limpando o suor. - o que você fez com o Jack?

- Eu já disse que dopei-o. Ele está doente...

- Não me teste. Saia daqui antes que deixe a outra eu sair e te matar. E vai por mim, foi por um cisquindo, você poderia ser não mais que um cadáver no tapete persa. Suma.

Ela balança a cabeça na direção de Jack.

- Quando notar diferenças nele, vá até um empelho e me chame. Vou estar disposta a ajudar.

- Maria sangrenta? - zombo dela - quer que chame três vezes? Com uma vela?

Ela faz uma careta colocando uma coisa na boca e some. Literalmente.

Suspiro caindo no chão, exausta. Só agora que os barulhos na porta começaram? Ou eles estavam lá o tempo todo. Porém acho que ela não queria deixar eles entrarem, porque assim que desapareceu a porta se abriu revelando Charlotte, Kyle, Sam e Yut. Hum... Acho que Yut chegou.

- Natalie? - Charlotte se agacha na minha frente. - o que em diabos você fez com as suas unhas?

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⏰ Última atualização: Jul 26, 2015 ⏰

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