capítulo 2

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- Sua filha - sussurrou Charlotte horrorizada. Se eu que me considero da família a pouco tempo estou desnorteada com isso, imagine Charlotte que esta a 12 anos.

Ela corre antes que qualquer um de nós possa impedir, Felipe vai atrás dela. Jack, eu e Yut ficamos na sala sozinhos. Yut ficou me olhando fixamente, seu olhar mostrava seu desespero.

- Akaia. Serio? Você é pai biológico dela. Não tinha um nome mais bonito?

- Não estava lá para escolher nome. Fui expulso antes dela nascer.

Entorpecida, é esse o nome para descrever como estou agora. Sinto tanta dó de Yut agora, que coisa! Ela para mim estar furiosa, ele disse que ia me odiar caso matasse aquela bruxa - que infelizmente é filha dela - como é que um ser tão desprezível consegue ter o mesmo sangue que Yut? Deve ter puxado muito a mãe.

Não vou nem poder me divertir matando ela, porque se fazer isso Yut me odiar para sempre.

- Ela sabe que você é pai dela? - pergunto.

- Não. Provavelmente Gael disse que morri em um acidente.

Meu braço começa a arder, parece que estão jogando brasa quando começo a gritar. Yut começa a cantar e eu grito ainda mais. Céus, isso lá é hora para cantar?

A queimadura esta indo em sincronia para algum lugar, mas ta ardendo, pra cacete. Pulo correndo para cozinha, ligo a água e coloco meu braço na água. Minha visão fica borrada, mas antes de perde a consciência vejo três desenhos formados na minha mão.

Uma torre, uma espada e uma estrela.

Acordei no meu antigo quarto na casa de Yut, a primeira coisa que fiz foi olhar para meu braço. Nele esta desenhado em preto um contraste de uma espada, com o cabo vermelho e preto e lâmina prata. A torre é muito parecida com o big ben de Londres e a estrela brilha em um azul claro fluorescente.

- Essa é a primeira missão - diz Yut sentado na ponta da minha cama, ele esta cansado, seus olhos estão vermelhos e ele carrega um livro com uma espada desenhada na capa. - Primeira estrela.

- O que a espada e a torre quer dizer?

- Elas tem um código, o que esta desenhado primeiro é o lugar, o segundo é o objeto desejado. Eu reconheci essa espada de um antigo livro que li. "Em contraste com as espadas amaldiçoadas Muramasa, temos as lâminas do lendário padre e ferreiro Masamune. De acordo com a história, Masamune e Muramasa realizaram uma competição para decidir quem era superior, colocando suas lâminas em um córrego. Enquanto a lâmina Muramasa cortava tudo o que tocava, a de Masamune se recusava a cortar qualquer coisa indigna, até mesmo o ar. Enquanto as obras de Masamune são valorizadas como tesouros nacionais japoneses, uma de suas espadas nunca foi encontrada. Após a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, a "Honjo Masamune" foi dada a um soldado americano, o sargento Coldy Bimore, que provavelmente a levou para casa com ele, como uma lembrança de guerra. Apesar de, sem dúvida, ser valiosa (potencialmente vale milhões), colecionadores não estão mais perto de encontrar a espada perdida do que estavam no dia em que desapareceu."

- Espada Masamune? Que nome mais...

- Você tem que encontra-la. Só que vai ter perigos, você tem que pegar a espada identica a que esta na sua mão. Muramasa é amaldiçoada, reza a lenda que todos os portadores morreram sobe a espada e levaram suas famílias junto. Não chegue nem perto dessa caso apareça, seu cabo é de madeira com vários símbolos, isso pode mexer mentalmente com você também, os...

- Você explicando ta bagunçado minha cabeça todinha. Só leia o que esta escrito no livro sobre essa espada - digo me sentando.

- Ta bem. " Muramasa foi um antigo ferreiro japonês que, segundo a lenda, orou para que suas espadas fossem "grandes destruidoras". Por causa da qualidade excepcional de suas lâminas, os deuses lhe concederam o pedido e as imbuíram com um espírito sanguinário que iria conduzir seu portador ao assassinato ou suicídio. Há inúmeras histórias de donos de Muramasas ficando loucos ou sendo assassinados. Acreditava-se que as espadas eram amaldiçoadas, e até chegaram a ser proibidas por decreto imperial por Shogun Tokugawa Ieyasu, que as condenou depois que elas se tornaram o objeto que matou quase toda a sua família (seu avô, sua esposa e seu filho adotivo morreram com a escapa, e ele e seu pai foram feridos por ela). No entanto, os problemas de Ieyasu com as espadas provavelmente começaram simplesmente porque elas eram extremamente populares. Muramasa não era o nome de um homem, mas de toda uma escola de ferreiros. A qualidade das lâminas Muramasa era lendária e a classe guerreira do Japão as usava com frequência. O fato de que foram utilizadas em muitas mortes relacionadas com o Shogun, embora certamente uma coincidência, não é exatamente notável."

- O que espadas do Japão estão fazendo aqui? Na Inglaterra.

- Eu não sei Natalie. Mas se esta marcado quer dizer que é verdade. Tome muito cuidado, não quero que você se machuque.

- Nem Akaia - digo cruzando os braços contra o peito. - Obrigada pela preocupação, mas dispenso. Acho que consigo encontrar a espada no big ben.

- Só siga a estrela. - diz ele e sai.

Que coisa! Por que será que eu estou me sentindo culpada? Ele irá me odiar mesmo quando eu matar aquela garota. Dúvido que se ela me matar ele vai a odiar, afinal, ela é filha biológica dele.

Por que alguém iria querer uma espada que não corta nada indigno? Quem iria esconder duas espadas mortais na torre de Londres?

Levantei da cama e a porta do quarto se abre com um estrondo.

- Você não vai a lugar algum - diz minha mãe furiosa, escondo meu braço nas costas. - Vamos encontrar essas green lady, mas você não vai fazer essas 5 missões.

- Mãe elas são uma sociedade secreta, não pode sair por ai achando que pode achar uma sociedade secreta. É loucura.

- Loucura - ri ela nervosa - Natalie Silver você não vai a lugar algum. Vou te amarrar na cama.

Ri olhando para cama, posso facilmente quebrar ela em dois e conseguir escapar.

- Mãe, Gabriel é seu filho. Eu sei me cuidar, se por acaso vocês não encontrarem elas podemos nunca mais ver ele. A senhora precisa confiar em mim.

- Eu não posso te perde de novo - ela balança a cabeça.

- Não vai.

Ela começa a ficar aos prantos e eu a abraço. Eu agora tenho que ser a pessoa forte, ela chora no meu ombro até dormi quando sentamos na cama. Passei a mão pelo seu cabelo dando um beijo na sua testa.

Saiu do quarto indo para o andar de baixo. Parei nas escadas quando escutei uma conversa.

- Quem vai? - pergunta Maycom.

- Eu - escuto Jack dizer.

- Eu - Sam.

- Eu - Charlotte.

- Eu - Felipe.

- Ah, você não vai mesmo. - diz Charlotte - você vai ficar aqui e ponto.

- Conheço Londres melhor que todos vocês, também conheço o big ben, bem melhor que todos.

- Ele tem um ponto - diz Jack.

- Jack se a Natalie não fosse o mapa aposto que você não a deixaria ir. - retruca Charlotte - Então não tente mudar meu conceito.

- Também acho que Felipe deveria ficar - digo saindo de trás da pilastra - acho que vocês todos deveriam ficar, essa é minha missão, não tenho o direito de pedir para vocês irem comigo.

Todos se olham para depois me olhar, ficam em silêncio até Charlotte da um passo para frente.

- Esse é o ponto. Você não esta pedindo, estamos se oferecendo.

Rediny 3Onde histórias criam vida. Descubra agora