04|Vampire

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Levanto assustada e ofegante, não tinha ninguém acordado em casa. Eu estava acostumada a ter pesadelos a noite, via coisas como a morte de todos que eu conhecia, mas os piores sonhos eram aqueles em que ninguém podia me ver, tocar e ouvir, era como se não existisse entre eles e pudesse assistir cada um seguindo sua vida sem mim.

Passo a mão pelos meus cabelos e respiro fundo tentando voltar para a minha realidade, estava tudo bem. Abraço meus joelhos e observo a mesinha ao lado da minha cama, ainda confusa passo a mão pelo livro de capa dura e título dourado com um bilhete em cima.

"Ainda não terminou"

Olho em volta confusa em como isso veio parar aqui, talvez Damon tenha pedido para Elena me entregar.

Suspiro pegando o livro e ligando o abajur, faltavam poucos capítulos.

(...)

-Vestido preto ou o azul? — Mostro os dois, Bonnie e Elena trocam um olhar e apontam juntas para o preto. Ele era simples mas elegante, era colado ao corpo e tinha um decote em coração.

- Esse colar ficaria ótimo com ele — Elena estende uma corrente dourada com um pingente de flor e faço uma careta tirando o coração com pingente vermelho sangue de dentro da minha blusa.

- Você sabe que nunca tiro esse daqui — Dou risada e ela concorda dando de ombros.

Não demoramos muito mais para nos arrumarmos e logo fomos todas para a festa dos fundadores. Na entrada já avistamos Stefan e logo Elena se aproximou entrelaçando seus braços, Bonnie riu e entrelaçou os nossos também e assim entramos na casa dos Lockwood.

Essas festas eram sempre iguais, me lembro de frequentar algumas quando criança quando ainda morava em Mystic Falls com meu pai e de outras com meus tios, depois que me mudei de verdade para cá precisei frequentar todas como o costume da cidade pedia. As vezes aproveitava para beber com Tyler no escritório de seu pai quando nenhum adulto estava vendo.

- Relíquias dos Gilbert, sua família tem uma longa história — A voz de Damon não me assustou dessa vez, revirei os olhos e fingi não ouvir caminhando para o próximo estande com objetos antigos.

- Não pode me ignorar — Se aproximou novamente e mordi o lábio inferior estressada.

- Sim eu posso — Respondo voltando a admirar uns diários velhos e empoeirados.

- Acabou de falar comigo — Sorriu de lado e bufei voltando minha atenção para ele.

- O que você quer? — Pergunto sem humor algum.

- Uma dança — Sugere e antes que eu possa responder ele me interrompe — O que as pessoas vão achar se você me bater outra vez aqui?

- Me senti ofendida em você pensar que eu me importaria com o olhar dos outros sobre mim — Dou um passo em sua direção alternando entre seus olhos. — Porque não me deixa em paz e vai atrás da sua agradável acompanhante. — Falo irônica com um sorriso provocador.

- Seria uma opção se eu estivesse acompanhado — Inclinou sua cabeça um pouco para baixo devido nossa diferença de altura. — A família Salvatore também é uma família fundadora caso seu cérebro esteja entrando em colapso com essa informação. — Fico sem ter o que dizer e ele sorri satisfeito em me deixar sem palavras. — Sobre aquela dança? — Estendeu a mão e engoli em seco antes de acompanhá-lo até a pista de dança.

My Salvatore | Damon Onde histórias criam vida. Descubra agora