As Asas da Lembrança

14 3 0
                                    

O dia amanheceu com uma suavidade reconfortante, e First sentiu um impulso inexplicável de visitar o túmulo de Khao. Com a fotografia da noite especial e as cartas cuidadosamente guardadas, ele partiu em busca de um refúgio para suas emoções.

---

O cemitério estava tranquilo, permeado pelo silêncio que respeitava o repouso dos entes queridos. First encontrou o túmulo de Khao, adornado com flores coloridas. Ele ajoelhou-se, deixando a fotografia e as cartas ao lado do túmulo.

"Khao, aqui estou novamente, trazendo nossas memórias como oferenda ao tempo. A saudade ainda ecoa em cada canto da minha vida."

As palavras fluíam como um murmúrio suave, e First sentiu um aperto no peito ao recordar os momentos compartilhados. Em meio às lágrimas, ele desabafou suas angústias e expressou o amor que permanecia imortal.

"Às vezes, me pergunto se você está em paz. Se as estrelas no céu conhecem seus segredos. A solidão que carrego é pesada, mas as lembranças que vivem aqui são o farol que ilumina minha jornada solitária."

Enquanto suas palavras se dissolviam no ar, algo mágico aconteceu. Uma borboleta azul, suas asas delicadas refletindo a luz do sol, pousou suavemente no ombro de First. Uma sensação de conforto envolveu-o, e ele sentiu que não estava mais sozinho.

"Khao, é você?" sussurrou First, com lágrimas nos olhos. A borboleta, como se respondesse à sua pergunta silenciosa, permaneceu ali, como se fosse uma visita celestial.

A borboleta azul dançava graciosamente ao redor de First, como se compartilhasse a alegria daquele momento. Ele acolheu a presença como um sinal de que Khao estava presente de alguma forma, trazendo consigo a mensagem de que o amor transcendia os limites da vida.

Com um sorriso sereno, First levantou-se, sentindo-se abraçado pelas asas da lembrança. Enquanto se afastava do túmulo, a borboleta azul continuava a acompanhá-lo por um tempo, antes de alçar voo para o horizonte.

"Obrigado, Khao, por sempre estar comigo. Mesmo nas asas frágeis de uma borboleta, encontro a força do nosso amor."

Assim, First deixou o cemitério com o coração mais leve, sabendo que, de alguma maneira, Khao permaneceria presente, não apenas nas memórias, mas também nas pequenas visitas que a vida reservava, como a suave visita da borboleta azul.

Entre Palavras e Silêncios ( Firstkhao) Onde histórias criam vida. Descubra agora