The room - Capítulo 4. (Conhecidos.)

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                       - Conhecidos. -

Eu acordo na manhã seguinte. Deveriam ser umas 8 da manhã. O dia é limpo e bem iluminado lá fora. Parece ser muito fresco e o clima é agradável, assim como o céu, que é azul claro e tem poucas nuvens.

Um raio de luz atinge meu quarto com força. Ele parece ser quente e agradável como o dia lá fora que parece muito bonito e ótimo pra fazer alguma coisa útil de verdade. O raio de luz solar atinge com tanta força meu quarto que ele para bem no meio e no centro do meu quarto, atingindo com força total o carpete macio e meio aveludado que deveria ser o chão do meu quarto, quase fazendo uma flecha.

Ele ilumina quase completamente meu quarto, exceto pelos cantos escuros da sala que sempre são escuros e comumente frios e gelados. Eu acordo com meu quarto comum de sempre, tudo como eu sempre vi antes, em exceção e em especial pela entidade de 2 metros de altura se escondendo no canto direito do meu quarto em uma sombra quase que densa e sólida, ainda estando ali.

Aparentemente, aquele canto do quarto deveria ser o mais escuro e frio de toda a casa.

Ele estava sorrindo para mim de forma não muito macabra ou assustadora ao me ver levantar e esticar os braços para cima e me contorcer um pouco.

Eu digo enquanto esfrego os olhos em uma voz lenta porém animada, quase ficando à frente dele.

"Bom dia...Figura estranha do meu quarto."

A figura ri, é uma risada calorosa e confortável, e também estranhamente acolhedora. Não era exatamente humana, mas ao mesmo tempo não era exatamente estranha. Parecia quase...normal.

Ele balança a cabeça para cima e para baixo em um tom de concordância. Quando eu me levanto, ele me observa um pouco, apenas me observando. Logo, eu digo mais uma vez.

"Sabe, achei que você costumava aparecer só de noite ou algo assim, Mas acho que eu estava um pouco errada sobre isso. Pelo menos agora é mais confortável já que agora posso realmente ver você com clareza."

Eu então me levanto, deslizando para baixo da cama para ficar de pé. Eu passo pela figura e caminho animadamente, casualmente e suavemente até a janela e dou uma espiada pelo lado de fora. Eu fico um pouco pro lado, evitando um pouco o raio de sol constante que atravessa o vidro da janela fortemente e penetra o quarto, atingindo o carpete com sutileza.

A figura me acompanha e me segue silenciosamente e com calma. Ela fica do outro lado da janela, do lado direito, também evitando o raio de sol constante, formando um espaço constante entre nós dois e o raio de sol.

Ele fica muito próximo e perto de mim, também dando uma espiada do lado de fora fofamente por um pequeno momento antes de olhar pra mim novamente. Ele sorri um pouco. Eu acabo dando um pequeno sorrisinho gentil e educado de volta.

Eu olho profundamente em seus olhos, seus olhos negros, escuros, e tão escuros, frios, mortos e sem vida que parecem um abismo ou o próprio vácuo. Eu acho fascinante isso, e fico intrigada. Ele quase parecia uma pessoa de carne e osso, Mas eu ainda não podia esquecer de que era o espírito obsessor do meu quarto. (O que eu supostamente tive tanto medo por tantos anos).

Eu acabo tendo que olhar ligeiramente pra cima, já que ele deveria literalmente ter uns 2 metros de altura ou pelo menos 1 metro e 80 de altura. Antes de tudo, eu também acabo percebendo que sua energia não era pesada. Era calma, relaxante, quase reconfortante. (E bem fria). Eu olho mais um pouco para a figura antes de dizer algo.

"Cara....Você é muito alto. Quero dizer, acho que dá pra gente ficar na altura dos olhos pra dizer o mínimo, mas ainda sim você tem uns 2 metros de altura. Bem...Todos os espíritos ou demônios deveriam ter essa altura, afinal. Deve ser a coisa mais comum (e talvez estereotipada) que existe. Será que quando eu crescer vou ser alta como você ou meu pai? Eu espero que sim."

The room - O Jeito que você provavelmente morre.Onde histórias criam vida. Descubra agora