- Nixot. -
O espírito acena com a cabeça, ele parece um pouco animado para contar o que notou, pois imediatamente começa a falar.
"Bem, a maioria dos detalhes que vi foram sobre sua aparência, como você anda, como você fala, como você se senta , você é uma pessoa realmente única, nunca conheci ninguém como você antes."
"Você tem um estilo único, mas fascinante no que faz, você é uma pessoa tão única em todos os sentidos e formas."
Eu sorrio enquanto pego uma caixa de fósforos e ligo o fogão novamente.
"É bom ser único." Eu penso alto mais uma vez. "E, Pra ser honesta, é até bom ter amizade com um espírito. Você é realmente fascinante. É tão bom quanto eu esperava. Eu realmente achei que você fosse mais...." Eu paro, pensando e tentando encontrar as palavras certas pra dizer enquando olho profundo da panela. "..Pra ser honesta, não sei bem o que eu esperava, mas com certeza definitivamente não era isso."
Eu então percebo algo quando vou guardar a caixa de ovos novamente na geladeira. Na porta dela, ao lado de outras anotações, tem um pequeno bloco amarelo brilhante de notas colado na porta escrito em letra cursiva, em um post-it.
Deveria ser a minha letra. Eu provavelmente devo ter esquecido dessa nota há um bom tempo. Está escrito:
[ Igreja - 7 P.M ( 18/06) ]
E então dou um suspiro irritado e de decepção depois de por um momento me apoiar no batente da porta e abaixar a cabeça por um curto período.
A figura provavelmente percebeu meu suspiro irritado, mas não disse nada. Ou teria aberto a boca pra dizer algo mas eu rapidamente a calei quando mencionei algo.
(Ou talvez só tenha observado minhas costas e o bilhete de longe na geladeira da porta. Ou não sei, tudo isso ao mesmo. Eu não tinha certeza, já que eu estava de costas para ele enquanto ele estava sentado sobre à mesa quadrada, grande e resistente de madeira no meio da cozinha, ou talvez ainda estivesse encostado na parede que atrás eram as escadas que levavam ao segundo andar. Bem, como eu disse, eu estava de costas o tempo todo e, honestamente, ele se mexia muito, então não vou poder dizer com clareza.)
"Sabe, não sei se depois de hoje vou poder ir pra Igreja como um cidadão normal e civilizado depois de ter feito amizade com um demônio. (Se é que isso é algum tipo de amizade.)"
O espírito (figura) ri , antes de pensar em algo e também ficar um pouco preocupado com a situação da igreja.
"Eu não recomendaria isso..." Ele afirma lentamente e com calma.
"As pessoas na Igeja (e o padre) provavelmente notariam minha presença e, eu posso até mesmo supor de que provavelmente consigam me ver, mesmo que seja vagamente. E, honestamente, se me reconhecessem como um espírito obsessor, vão saber de que eu te persegigo e tal, e facilmente poderiam considerá-la possuída ou algo assim. E, eu duvido muito que você gostaria que pensassem isso. Você sabe como as pessoas são."
"Você tirou as palavras da minha boca."
Eu penso alto. Denovo. Eu então coloco alguns pedaços de Bacon ao lado do ovo lentamente na panela e com cuidado, com esperança de que eu não queime novamente meu café da manhã.
"Na verdade, minha única preocupação seria caso você me seguisse. Obviamente o padre vai sentir sua presença, e se depender dele, ele até iria conseguir te ver do meu lado. Ele vai sentir você, com toda certeza. Essa é minha única preocupação: Acho que perder você porque o padre quer te repreender ou algo assim. Até porque seria mais perigoso pra você do que pra mim."
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The room - O Jeito que você provavelmente morre.
Spiritual|\ ~ Luna era uma garota comum de 16 anos que vivia em Meulbourne, uma cidade (quase) grande que poderia ser localizada no Sul dos Estados Unidos. Seu pai, David Miller, era chefe de polícia há 22 anos, e vivia com a filha em uma casa grande e bem d...