Capítulo n°9.

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Pov: SAROCHA.

🥀

Eu não conseguia cortar o contato visual com ela.

Seus mirantes eram como ímãs, me davam uma vontade ávida de ficar presa neles e não querer mais sair.

Seus lábios rosados me faziam almejar, de um jeito descomunal, um desespero incontrolável de querer beijá-los e torná-los meus novamente.

Aquele corpo divino, perfeitamente estruturado, conseguia acender algo ardente em mim, mesmo este estando coberto pelas roupas.

Tocá-la, possuí-la, tê-la só para mim não era mais uma simples vontade. Era uma necessidade.

Eu precisava explorar seu corpo de novo, mergulhar nas profundezas de seus olhos, arruinar seus belos lábios com beijos que deixariam ambas ofegantes.

Mas não podia ser agora, infelizmente.

Aquele momento de transe foi totalmente atrapalhado quando ouvi a porta do escritório sendo aberta pelo Nop.

- Freen, eu vou entr.. - assim que Nop entrou, ele ficou estático quando nos viu.

Filho da mãe.

Suspirei fundo, voltando a olhar a Becky, que estava com seu corpo praticamente colado ao meu.

- Poderia se ausentar por alguns minutos, meu amor ? Tenho assuntos para resolver.

Becky apenas cedeu ao pedido, me empurrando sem muita força para trás. Nossos olhos não se desgrudavam de jeito nenhum.

Mas antes que ela fosse embora, segurei em seu braço, fazendo-a parar de andar, na intenção de me aproximar de seu ouvido para lhe dizer uma última coisa.

- E não fique achando que esse assunto se encerra aqui, princesa. - sussurei com o sorriso mais safado em meu rosto.

Dava para sentir sua pele se arrepiando assim que pronunciei minhas palavras.

Céus.

Assim que a garota foi embora, deixando eu e Nop sozinhos, contornei a minha mesa e sentei-me na cadeira.

- Porra Nop, não deu nem dez minutos e você já voltou !

- Desculpe caso eu tenha interrompido vocês duas.

- Argh, tudo bem. O que aconteceu ?

- Vamos ter que ir para os Estados Unidos.

Olhei para ele curiosa, reajustando meu corpo na cadeira de uma maneira mais séria.

- Por que temos que ir para lá ?

- Vamos ter que resolver um problema envolvendo as terras que possuímos nos Estados Unidos, parece que o chefe da máfia inglesa, o sr.Richard, está tentando recuperá-las.

- ELE O QUE ? - questionei me erguendo da cadeira furiosa. - Ele não pode fazer isso, fizemos um contrato no qual eu ficaria com 5% das terras. Aquele filho da puta assinou o papel !

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