Capítulo n°8.

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🥀

Pov : SAROCHA.

A pequena brisa matinal passava pelo meu corpo, fazendo com que meus fios castanhos escuros se mexessem de um lado para o outro. O céu aos poucos ia se enchendo de raios dourados causado pelo sol, iluminando cada parte da cidade, trazendo vida e cor ao ambiente.

- Freen, você não pode deixar ela aqui. - disse Nop, que estava apoiado no parapeito da sacada.

- Não tem outro lugar para ela ficar, Nop.

- Claro que tem, porra ! Esqueceu que a menina estava hospitalizada antes de ser sequestrada por aquele cara ? Não acha que vão estranhar o fato de que ela literalmente sumiu e ligar para a polícia ? Na verdade, provavelmente já fizeram isso.

- Não ligo pra isso. Eu me recuso a deixar ela sozinha novamente.

- E você acha que ela vai estar segura aqui ? - ele questionou pousando suas mãos sobre sua cintura. - Você ainda não entende que perto de você ela corre um grande perigo ?

- Eu prefiro mil vezes estar com ela ao meu lado, invés de deixá-la sem proteção. Ainda mais depois do ocorrido de ontem.

- Mas Free..

- Não, Nop. - atropelei sua fala. - Nada e ninguém vai me fazer mudar de ideia. A Becky vai ficar aqui sim.

- Você está mudando muito, Freen. Não se esqueça que você ainda é chefe de uma máfia.

- Não estou mudando, Nop. Apenas estou cuidando da minha garota.

- Você está apaixonada ou obcecada por ela ?

- Os dois.

Ele ficou em silêncio, o que me fez espalhar um pequeno sorriso no rosto.

- Eu estava pensando em algo antes de você vir pra cá. - quebrei o silêncio.

- Céus, que medo.. O que foi ?

- E se eu comprar mais dois carros ?

Nop desviou lentamente seu olhar até mim.

- Freen, pra quê gastar dinheiro com carro ? Você já tem cinco ! Não é o suficiente ?

- Não, preciso de sete carros.

- Por que DIABOS você precisa de SETE carros, Chankimha?

- Pra passear com a Becky todos os dias com um carro diferente. - respondi da maneira mais inocente, com um sorriso carregado de orgulho.

- Ah, eu desisto. Puta que pariu cara !

Nop saiu andando em passos rápidos enquanto reclamava e gesticulava feito criança.

Não entendi..

(...)

10h26

Tic..tac..tic..tac..

O relógio pousado sobre o meu escritório avisa todos os segundos que passavam. Minha mente não aguentava mais analisar tantos documentos confidenciais sobre cada passos dados pela organização. Mas continuar focalizada nisso, era apenas o meu dever.

De repente, minha atenção foi atrapalhada quando senti meu celular vibrar em meu bolso.

Era uma mensagem.

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