𝟏𝟒 - 𝐒𝐈𝐌, 𝐒𝐈́, 𝐘𝐄𝐒, 𝐎𝐔𝐈.

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ERA A QUINTA VEZ que eu corria para o banheiro após um maldito enjôo

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ERA A QUINTA VEZ que eu corria para o banheiro após um maldito enjôo.
O que deu na minha cabeça de me acabar num cachorro quente de rua? Os de Nova Iorque eram os melhores de fato mas, por quê eu fui comer com os olhos?

— Acho que precisamos conversar.

A voz de Martinelli ecoa assim que entro no elevador, fazendo-me respirar fundo.

— Matheus, não é uma boa hora.— digo.— Sério.

— Qual é a hora boa, Bianca? Eu te liguei por vários dias, tentei entrar em contato contigo e fui ignorado.

— O que você queria também?

— Pelo menos uma explicação. Foi ruim assim?
— a ironia na sua voz fazia meu estômago revirar.

— Não foi ruim, Martinelli. Eu só...— tento formular uma frase e sou interrompida pelo mesmo.

— Você foi para o Brasil só pra vê-lo, não é?

Sim.

— Foi o chá revelação da minha afilhada, cara.

Mentirosa compulsiva.

— E você e o Pulgar?— tento apertar o botão e ele me para.— Fala, Bianca.

— Nada demais.

— Vai querer que eu caia nessa ou vai ser clara comigo?

— Por que todo esse interrogatório? Você sabia desde o início o terreno que estava pisando.— Matheus me olha incrédulo.— Não foi isso que disse?

— Não tô preocupado comigo, porra. Tô preocupado com você. Será que não percebe que você acaba se machucando com isso?

Ele não estava errado, de alguma forma eu ou o Erick encontrávamos um jeito de nos machucarmos.
Éramos como imã, sempre acabávamos nos grudando e arrumando um jeito de ativar essa bomba relógio que também somos.

Minha cabeça doía tanto e eu me encontrava tonta. Sequer conseguia processar palavras para debater o jogador à minha frente.
Quando pensei em chamar apertar o botão do meu andar, no elevador, quase caio sem forças, sendo segurada por Martinelli.

— Meu Deus, Bianca. Você está pálida.— diz claramente preocupado.— Qual foi a última vez que você comeu?

— Não faz muito tempo.— fecho os olhos.— Pode me levar lá pra cima?

Assentindo, Matheus me carrega em seus braços, fazendo-me pousar a cabeça em seu ombro.

— Posso te perguntar algo?— ele diz assim que as portas se abrem no meu andar.

— Já está perguntando.— rio sem humor.

— Tem a possibilidade de você estar grávida?

Matheus me coloca no chão com cuidado, me ajuda a achar a chave e abre a minha porta.

ANGELS LIKE YOU ━ erick pulgarOnde histórias criam vida. Descubra agora