05- Briga De Rua - Final Alternativo.

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Ray: Chega Volt! - Pegou a garota pela cintura, que se esperniava e lhe dava socos nas costas.

Chapa: Me solta capitão, eu ainda não terminei aqui! - Falou aumentando o tom de voz, brava.

Ray: A única coisa que está prestes a terminar, é a vida dele! Você tem que parar! Vai virar notícia da KLVY? - Ela parou um pouco.

Chapa: Ele foi mau com você sabe quem. E também eu não me importo com o depois, ME SOLTA! - Voltou a depositar seus socos nas costas do mais velho.

Ray: Se você não para por bem, então eu terei que te levar embora daqui!

Estava tão focado em retirar ela dali, que nem sequer percebeu que algumas pessoas os olhavam, sem entender absolutamente nada.

Ray: Eu... Peço desculpas por ela - Soltou uma risada nervosa. - Não está nos seus melhores dias. Para! - Pediu pra garota, que não parava de bater nele. - Vou pedir uma ambulância pra ele, ok? Cuidado com os crimes bobos, eles podem despertar a fúria de um  super herói! - Avisou. Nem sabia se isso tinha lógica. Caminhou até a saída. - Posso soltar você, e também ter certeza de que não vai voltar lá?

Chapa: Acho que sim. - Respondeu entediada.

Ray: Lula Elena Chapa De Silva!? - Repreendeu.

Chapa: Tá legal, você pode! - Ele a pois no chão. - Deixa eu voltar lá, por favor! - Foi em direção a porta, ele a segurou.

Ray: Você me prometeu que não ia! - Ela fechou a cara, cruzou os braços e bufou. - Pode me dizer o que aconteceu com você? - Bateu as mãos nas laterais das pernas. - Quando entrou, eu achei que você ia simplesmente prender ele por pegar as duas balas, sendo que não podia... - Ela o olhou. - Quase matou o menino.

Chapa: Estou apenas fazendo o que meu professor ensinou! - Rebateu.

Ray: Eu te ensinei que você deveria matar as pessoas? - Apontou pra si, com a sombrancelha arqueada.

Chapa: Com certeza! Lembra daquele dia que a gente estava hospedando pessoas no ninho do man? Pois é, foi aí. Você disse que tínhamos que tirar o dinheiro deles até que morressem! O que me garante que você não faria? Sua forma de falar foi muito sus.!

Ray: As vezes perco o juízo. Acontece com todos... Eu acho... - Pareceu pensativo. - Mas esse não é o ponto. Eu ainda quero saber por qual motivo essa raiva de tomou, garota!? Foi o Bose quem sofreu tudo, e nem por isso ele está dessa forma.

Chapa: A culpa disso ainda é sua. - Insistiu.

Ray: Outra vez? Por que agora?

Chapa: Nos ensinou que o trabalho de um super herói é salvar vidas. Sendo assim, a menos que o Bose não tenha vida, é isso que estou fazendo! - Ele nem teve tempo de responder, porque ela simplesmente continuou. - Todos vocês foram o defender, todos estavam bravos.!

Ray: Sim, estávamos. Mas não chegamos a seu estado desse sentimento. - Chapa já estava cansada daquela conversa.

Chapa: Olha Ray, eu conheço o Bose faz uns três anos - Começou. - E eu já percebi que ele é muito puro, se fosse por ele, nem a fome que o maltrata ele mataria.! - Eu gosto de defender meus amigos.. principalmente ele, porque... - Não continuou como iria continuar. - O acho frágil e não tem o apoio da própria família. Sofri isso na pele, quando sai de casa pra procurar meu celular por oito anos - Suspirou, sentindo um amargo na boca. - E ninguém veio saber se eu estava ao menos bem! E isso ainda nem terminou, porque não o achei. Eu só sei que vou defender ele do que eu puder, porque tive a grande sorte de achar ele... E ter sua amizade.

One shots Bapa - Livro 2. Onde histórias criam vida. Descubra agora