04- Isso Não Vai Acontecer.

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Chapa estava em seu quarto, se preparando pra dormir. Isso não seria nenhum problema, se não fosse muito cedo da noite. Eram oito horas da noite, e ela tinha até insônia... algo de errado não estava certo.
Mika entrou no quarto da amiga, na tentativa de arrastá-la para o clube soda.

Mika: Coloca sua melhor roupa, porque essa noite iremos dançar até cansar, no clube soda! - Levantou a mão pra cima, comemorando.

Chapa: Não quero ir. - A outra desviou seu olhar pra ela. Chapa estava com um livro em mãos, e já deitada.

Mika: Não quer ir? - Arregalou os olhos. - Chapa, o que está acontecendo com você? Depois que terminou com o Bose, parece que tudo virou monotonia. - Estava indignada.

Chapa: Eu não consigo me diverti sabendo que ele possivelmente estará lá. E pior, com outra garota.

Mika: E agora você vai viver presa nesse fato? - Colocou as mão na cintura. - Todos estão esperando por nós duas. O que vou dizer caso ele pergunte por você? Ah já sei, vou dizer que você não consegue mais viver porque ele era sua... - Chapa a cortou.

Chapa: Não diga nada. Apenas isso! E por favor, aprenda a respeitar a decisão dos outros! - Disse um pouco brava. - Eu não quero encontrar com o Bose e a Kennedy. Acho que agora eles estão ficando. - A voz de decepção era notável.

Mika: Se ainda gosta dele, por que não aproveita pra tentar se reconciliar por lá? E também eu te imploro, vem comigo.. eu não quero ficar fingindo que gosto de conversar com a Kennedy. - Revirou os olhos. Ela repuginava Kennedy, por causa de Chapa.

Chapa: Certo. - Tirou o cobertor de cima de si, pra se levantar. - Eu topo ir! - Suspirou. - Essa vai ser mais uma noite onde eu invento de dormir cedo, e acabo rolando a noite inteira. - Foi até seu closet.

Mika: Obrigada amiga! - Abriu um sorriso. - Mas... você fica assim por causa da insônia?

Chapa: Por causa do Bose. - Olhou pra ela. - As vezes eu acho que a noite foi feita somente pra que eu pensasse nele. - Falou ironicamente. - Tomara que ele não esteja lá.

Chapa escolheu sua roupa e entrou no banheiro, pra se trocar. Depois passaram por Alejandra na sala, que até se admirou, fazia tanto tempo que não via a filha arrumada pra sair. A mais nova disse que não sabia que horas iria voltar, mas pegaria um táxi pra voltar. Já Mika, prometeu a Alejandra, que Chapa viria pra casa no carro do pai dela.

Então as duas chegaram lá. A primeira figura que Chapa viu foi a de Bose. Ele estava com Kennedy, como ela imaginou. Também estava distraído, porque vinha conversando com a mesma, sorrindo, e nem percebeu que estava prestes a esbarrar em alguém. Ela.
Quando finalmente parou para ver, sentiu um frio na barriga, ele ainda gostava de Chapa, e gostava muito. Se afastou um pouco, pedindo desculpas e com o olhar preso ao dela.

Chapa: Tudo bem! Eu só... - Nem sabia o que dizer.

Bose: Não sabia que você viria pra cá! Faz bastante tempo que você não sai. - O que ele estava insinuando? Foi o que se passou pela cabeça dela.

Mika: Que tal a gente não socializar tanto assim? Chapa está aqui pra me acompanhar. Não quis vir sozinha.! - Os tirou daquele transe, e ainda de quebra poupou Chapa de explicações.

Chapa: É... eu vim somente acompanhar ela. - Mika a puxou pra longe.

Certas coisas parecem programadas para acontecer, porque enquanto Mika contava algo pra ela, e Kennedy pra Bose, ambos estavam se olhando sem nem sequer desviar de vez em quando. Chapa sentia uma raiva da outra, na outra mesa com ele. As mãos geladas e a boca seca o tempo inteiro, mesmo que ela desse um grande gole no refrigerante, eram sintomas de ciúmes.

One shots Bapa - Livro 2. Onde histórias criam vida. Descubra agora