♰ ˒ IV. Visitantes Diurnos

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Quando abri os olhos, eu não fazia ideia de onde estava ou que horas eram. O céu escuro tornava tudo mais confuso.

Tentei levantar, mas minha visão escureceu e tive que deitar a cabeça novamente.

As lembranças do que acontecerá na noite passada sucederam-se, passando como flashs pela minha memória. Eu lutei contra um Nobre, mas não fui capaz de aniquilá-lo.

Fiquei parado até retomar a consciência.

Quantas horas eu havia ficado desacordado?

Foi tempo suficiente para perder muitos vampiros?

Olhei ao redor, estou em um quarto. Os móveis todos feitos de madeira escura, alguns acompanhados de molduras de quadros e espelhos bem ornamentados, característicos desse estilo. Porta-retratos e vasos de flores, com espécies mortas, estavam por toda a parte. Assim como o mofo e teias de aranhas. A cama é enorme, mesmo sendo de solteiro. a colcha azul está manchada e os travesseiros são duros como pedra. Tem uma varanda escondida por longas cortinas ao lado esquerdo, que está com os vitrais fechados e sujos de poeira, a visão é para a floresta de Brekkefossen, então estou com o quarto do lado oeste.

Quando virei para o outro lado na cama, algo que não identifiquei caiu no chão. Pesado como uma pedra.

─ Você acordou! ─ ouvi. A voz carregada em animação, era Mariah. Ela entrou junto com Lucas e fechou a porta em seguida.

Olharam entre eles, como se eu estivesse por fora de algum segredo libidinoso.

─ Seu braço dói? ─ perguntou ela, doce como sempre. Lucas sentou-se no canto da cama.

─ Não, por quê?

─ Porque foi sinistro ver ele voltando para o seu corpo.

─ O meu braço? ─ perguntei ainda desnorteado.

─ O seu osso do antebraço, na verdade. ─ corrigiu.

─ Desculpem., vocês ainda não estão familiarizados com isso. Sinto muito por terem visto tal cena. ─ sentei-me para poder conversar melhor.

─ Tudo bem... ─ ela começou a olhar para o chão, e depois olhou para Lucas, que olhou para mim.

Suspeito.

─ O que foi? O que estão escondendo de mim? ─ fiz menção para levantar, mas Lucas segurou minha perna.

─ É que... bem... eu acho que fizemos uma coisa que talvez você não goste, sabe?  ─ falou brincando com as pontas do cabelo.

─ Estou ouvindo.

─ Tivemos que chamar sua mãe. ─ Lucas soltou de repente

─ O QUE!? ─ encarei os dois, confuso. ─ Por que chamaram ela!?

─ Cara, você ficou aí desacordado por uma sema-

─ UMA SEMANA!?

─ É. Você-

─ COMO CHAMARAM ELA!?

AMBÍGUO [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora