- 𝐄𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐖𝐢𝐥𝐥𝐢𝐚𝐧𝐬 uma garota que tem sua vida completamente mudada quando vai para os Jogos Vorazes. Um evento anual que acontece com o objetivo de entreter as pessoas da capital. 24 tributos, 2 de cada distrito, 1 homem e 1 mulher, são...
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Allan Kodie nos levou para dentro do prédio que ficava atrás do palco, lá os pacificadores separaram eu e o Leu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Eu já não estava sorrindo pois não havia nenhuma câmera que me filmasse para a TV. Me colocaram em uma sala com uma janela e fecharam a porta, me deixando lá sozinha, talvez pra absorver tudo que estava acontecendo?
Então começo a surtar, minha respiração começa a ficar pesada e eu simplesmente agacho tentando me controlar. O que era muito difícil. Eu estava indo para os jogos vorazes, eu era como uma ovelha quase pronta para ser abatida, agora eu estou sozinha, eles não dão a mínima pra se eu vou sobreviver ou não, eles só querem assistir a um espetáculo, eu vou ter que me livrar sozinha.
Eu estava perdida em meus pensamentos virada para a janela, que ficava na parede em frente a porta, até que escuto a porta se abrir, e me levanto rapidamente e me viro para a porta, enxugando minhas lágrimas. Era minha mãe.
-Minha pequena!! - Ela falou enquanto corria para me abraçar, ela estava chorando muito. Com certeza com muito medo de acontecer comigo o que aconteceu com meu irmão e meu pai.
-Mãe - Eu tento falar com minha voz mais calma possível, na esperança de acalmá-la.
Ficamos abraçadas por um minuto até minha mãe separar nosso abraço, e colocar suas mãos em meus ombros para falar comigo.
- Eu não posso te perder minha pequena, você é tudo que eu tenho!
- Eu vou voltar mãe, pode ficar tranquila, vou voltar por você. - Falo enquanto pego meu cordão de canções que estava amarrado a minha roupa e entrego a minha mãe.
- Quero que fique com isso, seu pai que me deu, agora estou dando a você. - Ela fala enquanto coloca um colar de coração em meu pescoço, eu já havia visto minha mãe usa-lo milhares de vezes. Vejo que o coração tem uma abertura, então faço força pra abri-lo. Dentro tem uma foto da minha mãe e do meu pai na praia, com um lindo por do sol atrás.
- É pra lembrar da família - minha mãe disse sem estar mais com uma voz chorosa.
Sem dizer mais nada eu apenas abraço minha mãe novamente, tentando aproveitar ao máximo aquele abraço, inspiro seu cheiro e tento guarda-lo na minha memória. Aquela poderia ser a última vez que eu estava abraçando minha mãe.
- Acabou o tempo! - Um pacificador entra violentamente. Minha mãe desfaz nosso abraço pois ela sabe as consequências de não fazer o que eles mandam.
- Eu te amo- Minha mãe fala e beija minha testa antes de sair da sala. Me deixando sozinha, por alguns segundos. Já que quando eu pisquei o Mike já havia entrado na sala.
-Mike! - Falo enquanto corro para os braços dele, assim como eu fazia quando era criança.
- A pequena, eu sinto muito - Ele me abraça forte, até me deixando um pouco sem ar. Após ficarmos abraçados alguns segundos eu desfaço nosso abraço e falo com ele.
