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O toque incessante do celular me deixou irada, quem ousava atrapalhar nosso sono? Abri os olhos, me sentando na cama

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O toque incessante do celular me deixou irada, quem ousava atrapalhar nosso sono? Abri os olhos, me sentando na cama. Jungkook mantinha o celular na orelha enquanto suas costas estavam viradas para mim. Sua voz saia completamente baixa, me impedindo de entender o contexto da conversa.

Esperei pacientemente o final da ligação, a curiosidade corria em meu corpo. Quem era a pessoa no telefone, que ligou para Jungkook antes do nascer do sol em um domingo?

— Está tudo bem? – Perguntei ao vê-lo retirar o celular da orelha.

— Sim. - Suspirou, virando-se na cama para me olhar. —Não queria te acordar, desculpa.

— Tudo bem. - Mordi o lábio inferior, impedido que a pergunta "Quem era no telefone?" escapasse pelos meus lábios sem a minha permissão. Eu estava curiosa sim, porém, não iria invadir sua privacidade, se ele quisesse me contar, ele o faria. — Vou ver como Alyssa está.

Jungkook anuiu, voltando sua atenção para o celular em mãos. Arrumei sua blusa social em meu corpo, e caminhei até o quarto que Alyssa estava dormindo. Se não conhecesse aquela casa a anos, teria, com toda certeza, me perdido com todas aquelas portas. Uma peculiaridade - para mim - daquela casa, era o fato de que, todas as portas se mantinham fechadas, sem exceção. Nunca entendi o motivo ou perguntei para Jungkook sobre, apenas tentava manter tudo como estava.

Adentrei o cômodo que Alyssa estava, tomei o dobro de cuidado para não pisar em nada no chão. Quando - finalmente - cheguei ao berço, encontrei-a dormindo calmamente. Arrumei a coberta em seu corpinho, deixei os bichinhos de pelúcia mais próximos de seu corpo para que os achasse mais facilmente, e me retirei do quarto em seguida.

— Aly já está acordada? - A voz de Jungkook me fez procurá-lo pelo enorme corredor, até achá-lo no final dele.

— Não.

— Precisamos voltar.

— Por quê? - Era o telefonema, eu tinha certeza de que era. Me contive novamente, ele me contaria, certo?

— Eleanor está no hospital. - Suspirou. — Parece que Bernardo quer nascer.

— Mas o parto era para ser daqui a duas semanas e meia.

— Eu sei, mas o rapazinho está com pressa.

Voltei para o quarto que eu havia dormidono primeiro dia, colocando uma calça rapidamente. Arrumei a mala corretamente, e segui para o quarto que Alyssa dormia novamente. Logan já organizava as coisas por lá, ajudei-o a ir mais rápido com as coisas. Após arrumarmos as malas, Jungkook as pegou, enquanto, eu pegava Alyssa ainda adormecida.

Deixei as coisas para o leite de Alyssa em fácil acesso, assim, caso ela acordasse no meio do caminho poderia mamar sem problema algum.

O motivo por termos saído tão apressadamente da casa para irmos ao hospital, era graças ao pedido de Eleanor a Jungkook. Ela queria-o ao seu lado, havia até pedido para que fosse o padrinho de Bernardo e eu madrinha. Não éramos próximas, as poucas conversas que tivemos ao longo de nossa vida, havia sido em salas de reuniões e no meu primeiro desfile, porém de alguma maneira, Eleanor confia a vida de seu filho em mim. Um grande motivo para estarmos correndo até eles também, era o fato de Bernardo ao menos no último ultrassom que Eleanor havia feito - estar sentando.

De Repente Mãe - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora