Discontent

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Descontentamento《

Deslizo suavemente pela pista de gelo, a fria brisa acariciando meu rosto enquanto me movo com graciosidade. Sob os feixes suaves de luz do rinque, sinto a leveza das lâminas cortando a superfície gelada. Cada passo é uma dança, uma expressão de delicadeza que se entrelaça com minha paixão pelo gelo.

O eco das lâminas ressoa, criando uma trilha sonora única para minha performance. Os olhos do público refletem fascínio enquanto me entrego à coreografia no gelo. A beleza do movimento se torna uma forma de libertação, uma pausa na velocidade do mundo lá fora. Sob as luzes brilhantes, permito que a suavidade da patinação no gelo revele a Aria que busca harmonia entre a velocidade e a elegância.

Deslizo pela pista de gelo, executando giros precisos e movimentos técnicos que destacam minha habilidade na patinação. Com controle milimétrico, realizo um salto, mantendo a postura alinhada, antes de pousar com estabilidade. A execução técnica é minha prioridade, cada movimento calculado para impressionar pela destreza e perícia na pista.

Na reta final, encaro a parte mais desafiadora da minha performance na pista de gelo. A música diminui gradualmente, enquanto enfrento uma sequência de movimentos exigentes. Executo uma série de piruetas complexas, mantendo a concentração mesmo quando a fadiga se instala. Cada passo é calculado para superar a dificuldade, e meu corpo responde ao desafio com determinação.

A música atinge seu último suspiro, e eu encaro a última acrobacia com intensidade. Num salto final, desafio a gravidade antes de pousar com firmeza.

Com um gesto gracioso, inclino-me em uma reverência para os jurados, expressando respeito pela análise. Mantendo a elegância, inicio minha saída da pista de gelo, patinando com confiança. Cada deslize é uma extensão da minha performance, deixando uma impressão duradoura enquanto me afasto, sabendo que minha execução meticulosa ecoa na mente dos observadores.

Ao chegar ao final da pista, retiro os patins com destreza, concentrando-me na tarefa enquanto sinto o olhar perscrutador da rival que permeia minha vida desde a infância. Ao olhar para cima, encontro seus olhos, e um sorriso sarcástico se desenha em meus lábios, uma expressão de confiança. O histórico de rivalidade entre nós torna o momento carregado de tensão.

Dirijo-me até o grupo representando nosso colégio nesta noite, sabendo que ela está entre eles. Mantenho a compostura ao me juntar ao nosso conjunto. Nossa rivalidade não conhece limites, especialmente considerando nossa história compartilhada no colégio e a inconveniente amizade de nossas mães desde a infância. Apesar disso, mantenho a fachada de tranquilidade.

A professora me encara com um sorriso radiante. — Aria, sua performance foi absolutamente incrível! Estou orgulhosa.

Deixo meu sorriso se intensificar, respondendo com charme. — Faço o que faço de melhor. Afinal, é para isso que estamos aqui, não é mesmo? A arte está em expressar-se com maestria, e eu adoro desafios.

Sento-me em um dos assentos, cruzando as pernas. Minha vestimenta, apesar de simples, destaca-se pelo ajuste perfeito e pela cor vermelha, realçando as curvas do meu corpo e culminando em uma saia elegante.

Anne, minha amiga, se aproxima com um sorriso caloroso.
— Arrasou, ein!

Retribuo o sorriso, reconhecendo sua presença.
— Obrigada, Anne. Sinto sua falta nas apresentações. Como está o braço?

Anne suspira, parecendo um pouco frustrada.
— Está melhorando aos poucos, mas ainda não posso me arriscar. Tenho que admitir, ver você brilhando lá na pista me deu uma vontade imensa de estar lá também.

Velocidade ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora