10. pão com mortadela.

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Chegamos no aeroporto.
Saindo do avião, vejo Xingqiu na passarela que dava do avião ao aeroporto. Chegando perto, vi algo surpreendente.

Ga Ming falava sobre algum assunto e Xingqiu estava realmente prestando atenção no que ele dizia. Pelo visto passar 11 horas um do lado do outro ajuda a resolver problemas.

Era 5 da manhã e eu estava quase capotando de sono. Vamos dizer que eu estava com medo de ter outro sonho relacionado a fatus.

O sol nascia e eu preferi deixar os dois conversarem. Parece que realmente se resolveram.

Resolvi todas as coisas das malas e fui até o lado de fora esperar meus pais.
Sentado no banco de madeira e metal, o sol nascente deixava o céu alaranjado. Realmente uma visão linda.

Uma pessoa senta do meu lado. Xingqiu.

-- Eaí, como foi o vôo? -- Ele pergunta encostando o ombro no meu.

-- Eu que te pergunto. Como foi com o Ga Ming? -- pergunto, sentindo-o encostar sua cabeça em meu ombro.

-- Foi de boa, a gente se resolveu e tudo mais. Ainda não perdooei completamente mas não falei pra ele, sei que vou passar por isso.

-- Ta certo. Pelo menos se resolveram direitinho. -- Passo meu braço pelas suas costas deixando minha mão apoiada em seu ombro.

Era tão natural. Quem passava poderia jurar que estávamos juntos há vários anos, mesmo que tivessemos apenas 15.

-- Isso tudo é tão estranho, mas tão bom. Meu relacionamento com o Ga Ming não chegou aos pés do nosso. -- Xingqiu comenta, parecendo que lê minha mente. Dou uma risadinha. Ele estava certo.

Uns 10 minutos depois, vejo um carro familiar se aproximar.

-- Acho que é meu carro. -- Concluo olhando em direção ao HB20 preto de meus pais.
Pelo visto, o carro que antes estava empoeirado por passar tanto tempo na garagem havia ganhado uma lavagem. -- Vou indo nessa. -- Falo retirando cuidadosamente meu braço de seu ombro.

-- Ah, ta bom, a gente marca de fazer algo qualquer dia. Mas lembra, não vou mais pra sua casa, não quero morrer. -- Xingqiu faz uma piada e se levanta comigo.

-- Não se preocupe, meus pais não deixariam minha tia matar um amigo meu. Pode passar lá quando quiser, mas avisa antes. -- Rio um pouco de seu comentário. Vou ter que convencer ela que ele não é tão ruim quanto ela pensa.

Nos olhamos um pouco, antes que meu carro chegasse nos abraçamos. Logo depois, Xingqiu me dá um beijo na bochecha.

-- Assim que você contar pra eles, eu te dou um beijo de verdade. -- Ele sussurra para mim. Fico um pouco vermelho e dou uma risadinha.

-- Claro, claro. Vai lá, sua BMW já está te esperando. -- Aponto com a cabeça para a grande BMW branca que estava mais ao fundo.

Ele dá um tchauzinho e vai até o carro.
Vou sentir falta de ver ele todo dia.

E logo, meu carro parou do meu lado.
Pego minhas malas e vou até lá, da onde saem meus pais.
Livianse e Fanghe.
Minha mãe e minha tia eram bem parecidas, exceto que minha mãe tem cabelo preto curto e sorri bem mais.
Meu pai é um pouco mais baixo que minha mãe. Cabelos loiros e uma barba rala. Olhos marrons se contrastam com os azuis claros de minha mãe.

-- MEU FILHO! -- Minha mãe saí do banco do passageiro e vem correndo até mim, me dando um abraço.

-- Oi mãe, que saudade. -- Retribuo o abraço dela e vejo meu pai se aproximar.

Quando me solto do abraço de minha mãe, vou abraçar meu pai.

-- Eaí filho! Como foi esses anos? Ta bem alto. -- Ele parecia orgulhoso de mim.
Era tão bom ver que meus pais se sentiam assim.

Frio, picolés e aranhas. - Chongyun no aranhaverso. Onde histórias criam vida. Descubra agora