16. "obrigado pela força, pai."

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Uma queimação borbulhava no peitoral de Chongyun, Hu Tao desinfetava o enorme corte que estava na região com a grande certeza que uma cicatriz enorme ficaria ali.

O garoto estava sentado em sua cama, apoiado na parede. Uns cubos de gelo estavam na sua barriga, aliviando o roxo do soco que havia levado naquela região há menos de 20 minutos. Doía muito, muito mesmo, ele tinha sido um baita idiota. Ele não achava que ter apenas 3-4 meses de experiência seria tão pouco; aparentemente estava errado.

-- Nossa cara, que merda, eu deveria ter te ajudado com aquele cara. -- Hu Tao fala. Ela estava usando suas roupas de civil, seu ratypo estava em seu bolso do moletom. O pequeno véu estava com algumas manchas, teria que lavar seu uniforme à mão. Ela nem imaginava o que Chongyun teria que fazer para arrumar o seu uniforme.

-- Ei, ta tudo bem. Eu que fui um baita maluco de achar que eu poderia tankar aquele cara, relaxa. -- Chongyun responde em um tom descontraído, mas ainda um pouco doído por conta da dor que sentia. Não era a primeira vez que havia sido jogado com tudo em um prédio, mas era a primeira em que doía em tal nível. -- AIAIAIAI! -- Chongyun grita quando Hu Tao acaba de colocar a gaze nos arranhões, a pomada que ela tinha passado ardia muito.

-- Vai ficar tudo bem, beleza? -- A garota fala se afastando um pouco e bebendo água do copo que havia pego na cozinha enquanto Chongyun estava desacordado. -- Eu to indo nessa, mas fica ligado que: Primeiro, você tem que costurar e lavar seu traje, segundo, em hipótese ALGUMA fale para seus pais, sua tia ou qualquer um sobre isso. Especialmente sua tia, na real. Ela vai saber que é você, terceiro, em uns -- Ela para um pouco pra pensar -- 2 dias você vai estar 100% por conta das propriedades curativas da aranha.

-- Beleza, óbvio e eu não sabia. Obrigado pelas dicas, vou ver se me troco, sei la. -- Chongyun responde para Hu Tao. Ele não sabia muito o que falar naquele momento. -- Obrigado. -- Ele dá um sorrisinho para sua amiga que retribui e pula pela janela até o quintal.

-- De nada, vê se toma cuidado, ok? Tchauzinho! -- Hu Tao sai dali, deixando Chongyun sozinho em seu quarto.

Sozinho, mais uma vez ali. Como ele queria que seu período de castigo acabasse logo... Bem, não era hora de pensar nisso. Chongyun tira o ratypo de seu corpo, percebendo logo em seguida que o pequeno véu estava sujo e rasgado. Usava suas roupas de antes, mas elas estavam em boa situação diferente de sua cara. O garoto precisava tomar um banho, mas Hu Tao havia acabado de colocar um curativo nele, não desperdiçaria o trabalho da amiga.

Chongyun se levanta, tira a camiseta e olha para o espelho de seu quarto, percebendo que dava para ver a ponta dos curativos. Eles iam desde um pouco acima de seu umbigo até o espaço que fica entre suas duas escápulas. Tinha recebido um arranhão dos grandes.

Chongyun abre seu guarda roupa e pega sua camiseta de gola tartaruga, logo colocando ela por baixo da camiseta verde que estava usando antes. Sabia que os curativos apareceriam pela camiseta por ela não ser muito grossa então precisava de uma segunda camada.

. . .

Hu Tao para em cima da escada de incêndio que fica do lado de sua janela e entra em seu quarto.

-- Cara eu esqueci de dar o relógio pra ele de novo! Droga! -- Ela tira tanto seu ratypo e seu relógio especial e joga ambos em sua cama, logo se jogando ali também.  Hu Tao tinha esquecido de novo de dar o relógio especial da sociedade aranha para Chongyun, fazendo com que ele não tivesse contato especial com os outros membros. -- ... Cadê o relógio...? 

Hu Tao se toca que não sabia onde havia enfiado o relógio que havia feito especialmente para seu melhor amigo. A garota começa a procurar em sua mesa, não fazia ideia de onde aquela coisinha havia parado.

Frio, picolés e aranhas. - Chongyun no aranhaverso. Onde histórias criam vida. Descubra agora