Notas da autora: OLÁAA, tô devolta! Primeiramente desculpem pela demora para postar, esse capítulo deveria ter saído em janeiro, mas eu tive algumas dificuldades com o roteiro da história e não podia lançar antes de resolver isso direitinho, mas agora que tenho uma ideia mais concreta, acredito que vai ser mais fácil escrever os próximos capítulos. Eu não desisti da história em nenhum momento, viu? Foram só algumas dificuldades de roteiro mesmo e nada mais, tava morrendo de saudade de escrever, enfim, aproveitem a leitura!
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Dizem que a cura para um doido, é um doido e meio, e a partir disso, acho que se pode chegar a conclusão de que a cura para dor, é uma dor ainda pior.
Quando você faz uma pequena ferida, por exemplo: ao cortar legumes você faz um corte no seu dedo. A dor pode ser aguda, e dependendo do seu humor naquele momento, pode até mesmo provocar um choro ou te deixar irritado pelas próximas horas por esse infortúnio.
Mas e se de repente você fosse apunhalado pelas costas e tivesse alguns dos seus órgãos perfurados? Certamente sua atenção iria se desviar daquele pequeno corte, voltando ela para o lugar que mais dói, aquele incômodo temporário cessaria, seria anestesiado de imediato e pararia de importar tanto.
E isso seria ótimo se você não estivesse com uma faca fincada no seu corpo,o que é bem pior.
É assim que você se sentia agora, antes reclamava da sua situação onde estava trancafiada dentro de um porão onde era torturada, mas agora tudo isso parece tão insignificante quando tem fendas profundas nas suas costas que derramaram tanto sangue que não se sabe se irá sobreviver até chegar em "casa".
É engraçado como desde que pisou dentro daquele casebre, a coisa que mais desejava era poder fugir daquele lugar tenebroso, onde viveu os piores momentos da sua vida inteira, até agora. Para sua surpresa, essa não era a pior coisa do mundo como pensava que era.
Agora parecia uma ideia agradável estar em um porão úmido, amarrada a uma cadeira de madeira apodrecida. Odiava Agatha por ela ter feito o que fez com você, porém depois de encarar o que havia encarado naquela floresta, não conseguia sentir ódio dela, era como se uma apatia repentina inundasse os pensamentos da sua mente nebulosa.
Toda aquela revolta só não fazia mais sentido agora, parecia algo fútil, se sentia estúpida por ter tentado fugir, foi ridículo, tentava se salvar do predador e acabou sendo salva por ele.
Querendo ou não a dor que sentia um tempo atrás, antes de ter tentado fugir, foi anestesiada, de uma hora pra outra tudo aquilo perdeu o sentido para você, não era mais o ponto.
Porque o que importava agora era chegar em "casa", sem morrer no processo, esse evento abalou suas estruturas psicológicas de tal forma que se sentia até pertencente a aquele lugar, que tanto lhe afligia e atemorizava, poderia ser chamado de casa agora.
Além da perda de sangue demasiada, que por si só já poderia ser responsável pelo seu provável e iminente óbito, suas costelas foram quebradas como palitinhos de dente, seu tornozelo esquerdo virou de maneira tão brusca que é como se a articulação tivesse deslocado dos outros ossos e seu pé estivesse pendurado como uma singela sacolinha de ossos e carne, e ela balançava como se fosse se desprender a qualquer momento.
Você se perguntava, caso sobrevivesse a isso, voltaria a andar como antes?
Era carregada como uma bonequinha de pano pela pessoa que você mais havia nutrido rancor, e que agora não conseguia sentir absolutamente nada por ela, nem raiva, nem gratidão, só uma esperança de que ela não desista de te carregar, seu maior medo sempre foi morrer sozinha.
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Sangue frio
VampireSangue Frio | Imagine Agatha Volkomenn Em um universo onde Agatha Volkomenn não foi resgatada pela ordem e pessoas com alta exposição paranormal conectadas ao elemento de sangue desenvolvem traços de vampirismo. fem!reader créditos da fanart: @Masum...