Qual o poder de um sentimento? (LESBIAN)

Duas taças?

Natalie me impulsionou para que eu falasse.

— Enrico, estou quase saindo.

— Saia agora desse banheiro, estarei lhe esperando na sala. — Ele gritou.

Que merda.

— Natalie e agora? O que eu faço? Como você vai sair daqui? — Cochichei.

— Vista-se, que vou direto para o meu escritório. Qualquer coisa você venho de táxi e não sabe onde eu estou.

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Segui para a sala de estar e lá estava Enrico, com a cara fechada.

— Como você deixa meu filho dormindo e vai tomar banho sem ninguém em casa?

Engoli seco.

— Senhor, foi um banho rápido eu acabei me sujando no parque.

— Que isso não se repita ou você vai para a rua!

Nunca vi ele gritar comigo dessa forma.

Assenti e segui para o quarto de Martin.

Me distraí lendo um livrinho para ele e quando percebi já era umas 19:20 da noite.

Avisei a Natalie por mensagem que Martin já dormia e ela me respondeu secamente com um Ok.

Abri um vinho que eu tinha comprado e fiquei no meu quarto tomando no bico mesmo e pensando o que iria responder para as milhares de mensagens da minha mãe preocupada em saber como eu estou me adaptando na Espanha.

Eu queria tirar a Natalie do sério, queria saber até onde ela iria.

A garrafa estava quase por fim, peguei meu celular e tirei uma foto e logo enviei para Carlos.

Essa está acabando por aqui, se trouxer outra te deixo me fazer companhia.

Ele não demorou nem dois minutos para dizer que já estava a caminho.

Me levantei e coloquei uma camisa social branca maior do que eu, ela me deixava extremamente sexy.

Esperei por ele enquanto trocava mensagens com a minha mãe. Eu fazia o possível para tranquilizar ela. Então menti praticamente tudo, até porque se ela sonhar que resolvi vir atrás de Natálie ela me matava.

Até que recebi a mensagem de Carlos dizendo que estava na portaria.

Abri a porta pisando na ponta dos pés, pude escutar as risadas de Enrico e Natalie vindo de seu quarto.

Passei pelo corredor e autorizei a entrada dele pelo interfone.

Carlos era um homem bonito, ele era muito mais alto que eu. E eu particularmente gostava.

Seu perfume era tão forte que eu pude sentir ele se aproximando apenas pelo seu cheiro.

— Gato!! — Depositei um selinho nele.

— Oi linda, tudo bem? E aí, tem certeza que sua chefe é de boa? — Ele olhou em volta.

— Sim, ela é super tranquila. — Sorri.

Puxei ele até meu quarto.

— Seu quarto é maior que o meu que nem moro com os meus chefes. — Ele riu.

— Vou pegar duas taças para nós na cozinha, vai abrindo o vinho.

Dessa vez fiz questão de fazer barulho.

Cantorolei na cozinha enquanto pegava alguns petiscos também.

— Diferente te ver de uniforme.

Meu coração gelou, e eu me virei rapidamente.