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POV YASMIN:

Acordei com o relógio despertando, olhei ao redor e percebi que estava no meu quarto então isso era um bom sinal.

Pelo menos não dormimos juntas. Pensei.

Me sentei na cama e comecei a relembrar tudo que tinha acontecido de madrugada.

Como eu deixei isso acontecer? Isso não estava no plano, não dessa forma.

O quanto essa mulher é manipuladora e dominadora não está escrito.

A forma como ela me mandava, o jeito como ela me olha, como ela fodia me fazia ser sua.

Já me sinto molhada só de lembrar, e agora preciso encara-la.

Suspirei.

*********

Estava me divertindo fazendo caras e bocas com Martin, ele era um bebê muito querido e quietinho, quase não se ouvia ele chorar.

Ouço a porta se abrindo e desvio meu olhar para ver quem era.

— Bom dia Yas! Que tal levarmos o Martin para passear no parque? Está um dia lindo. — Enrico disse em um tom super animado.

Meu coração gelou.

Só eu e ele?

— Claro senhor, vou trocar o Martin e te encontro.

Ele piscou e se retirou do quarto.

Que merda.

Ele me evita o tempo todo e sempre é tão rústico comigo. O que ele queria agora? Passear? Estranho.

Meus pensamentos começaram a me sabotar novamente, imaginando que ele já sabia de tudo que tinha acontecido.

*********

Enrico fez questão para que eu sentasse ao seu lado mesmo eu insistindo que queria sentar perto do bebê.

Eu estava tão desconfortável com a sua presença, que mal conseguia disfarçar.

Naquela manhã eu ainda não tinha visto a Natalie, então não sabia como estavam as coisas naquela casa.

— Está gostando do seu trabalho Yas? — Disse sem desviar seu olhar do trânsito.

— Sim senhor, foi uma ótima oportunidade para mim.

— Não conhece muitas pessoas aqui né? Natalie comentou que você acabou de se mudar para Espanha.

— Praticamente ninguém mesmo. — Falei sem estender muito o assunto.

— Você saiu ontem à noite?

Meu coração disparou.

— Sim senhor. Fiz algo de errado? — Eu estava soando frio naquele momento.

— Não, só que da próxima vez tranque a porta. Somos públicos e é sempre bom tomar cuidado.

Esse homem quer me matar?

— Perdão senhor. Da próxima vez tomarei mais cuidado.

A conversa se encerrou ali.

Estacionamos o carro em frente a um parque, era lindo e grande. Tinha tanto verde, eu estava apaixonada.

Pensei que poderia ser um sequestro mas realmente era uma ida ao parque, fiquei mais aliviada.

Desci com o Martin, enquanto Enrico montava o carrinho.

Ele me apresentou a lagoa que tinha ali, eu estava encantada pelo lugar.

Fomos interrompidos pelo seu celular que não parava de tocar.

Qual o poder de um sentimento? (LESBIAN) Onde histórias criam vida. Descubra agora